É para ele que escrevo,
Embora me faltem palavras,
Embora me afogue em palavras
Em tantas palavras não ditas
Palavras imprevistas
Que por medos preciptados
Esquecemos de nos dizer
E que não sejam palavras apenas;
Mesmo que saibamos interpretar nossos silêncios
E as milhões de palavras que abrigam um simples "sinto saudades d'ocê"
É para ele que escrevo
Por que palavras duram mais que embrulhos coloridos
Amarrados com laços de fita
E o meu presente é a paciencia,
E a liberdade de deixá-lo ser
É para ele que escrevo
Assim mesmo sem palavra alguma
Até o tempo poder nos dizer
É para ele que escrevo sorrisos
Banho de cachoeira
Poeira de estrada
E languido prazer
E sem sentir vamos escrevendo nossa história
Sem referencia no tempo;
Sem pressa;
Sem caixa postal
É para ele que escrevo
Por que amar sem perceber
Às vezes parece normal...
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