Tipicas mulheres do vilarejo de Poongala.
Vamos hoje pra Ela ou paramos la
no nosso caminho de volta para Colombo? Dormimos uma noite ou so passamos o dia
e retornamos hoje mesmo? So nos restam algumas batatas e meia abobora na
dispensa e nao temos nada para o café da manha de hoje. Teremos que descer pra
Koslanda de qualquer forma para comprar mantimento. Pra variar, fomos
surpreendidos com 2 cafes da manha, um deles virou nossa marmita pro almoco.
Decidimos levar o basico, caso resolvessemos passar uma noite ou duas. Tudo se
encaixou perfeitamente na moto, “Era assim que deveriamos viajar”, disse ele.
Fizemos um caminho diferente do que tinhamos feito pra chegar aqui, um outro
vilarejo, com olhares nao menos curiosos para os dois estranhos que passavam na
moto. Criancas acenam, alguns homens param suas atividades para observer,
outros ignoram. O que nao se pode ignorar eh o verde exuberante ao redor. Tao
vibrante! A Estrada contorna a montanha, que eh totalmente tomada pela
plantacao de cha. Algumas pequenas cachoeiras escorregam montanha a baixo. Um
parque de diversoes para aqules que se encantam com qualquer detalhe da
criacao.
Na chegada em Undarawela, metade
do caminho para Ela, Caos!! Transito louco, lojas, pessoas apressadas,
sapateiros nas esquinas, pequenos stands de costureiras, muitas lojas de
tecido. Atraida pelas cores, entrei em uma delas. Sem falar um idioma em comum
com as vendedoras, elas entenderam que eu queria um sari e diziam que eu
parecia ser de la, comparando a cor da minha pele com a delas. Adoro ouvir
isto!! Sem saber explicar que procurava apenas tecidos e nao saris, desisti e
sai da loja. Na parada pro suco, outra vez me disseram que eu parecia local.
Tenho certeza que trajando um sari e de boca fechada eu passaria despercebida
como uma local.
As catadoras de folha de cha, beeeeem distante da pra ver os pontinhos brancos no meio da plantacao
A moto compacta, do jeito que deveriamos viajar
Eh muito comum ver templos e estatuas gigantes de pernas cruzadas meditando por todas as estradas e vilarejos.
Depois do suco, compra das cordas do violao, passeio pelas
lojas de tecido, compra de uma nova sandalia (havaianas, sao mesmo as
legitimas, ninguem no mundo sabe fazer igual!), seguimos para Ela, a cerca de
30 minutos dali. Um mirante nos oferece uma vista linda das montanhas,
cachoeira e vales. Mas do outro lado, grandes hoteis erguidos destoam da
paisagem. Uma pequena pousada nos agradou, mas nao havia mais vagas. No meio do
caminho, um restaurante Tailandes me chamou atencao, apesar de adorar a
culinaria local, seria otimo comer algo diferente, mas infelizmente, o restaurante
so funcionava no jantar. No centro de Ela varios turistas, bares, restaurantes
e loginhas de artesanato. O primo Punny diz que nao sabe por que este lugar eh
tao popular. A vista eh linda, as montanhas sao encantadoras, a cachoeira
gigante…estes sao otimos motivos pra tornar um lugar popular. O unico problema
eh que a cachoeira, tao exuberante a distancia, fica exatamente no meio da estrada,
tirando um pouco o brilho dela quando nos aproximamos. Ja eram 15:00, e batemos
o martelo de que iriamos voltar pra casa, com o compromisso de chegar em
Koslanda a tempo de fazera feira. O problema nao eh Ela nao ser atrativa o
suficiente. A questao eh que a casa que estamos eh tao confortavel e tranquila,
que o pareo fica dificil. Em Koslanda fomos compando um pouco de cada coisa em
cada stand e acomodando ao lado da moto, olhares curiosos esperavam pra ver
como iriamos acomodar todas aquelas coisas na moto e seguir viagem.
O passeio foi maravilhoso, mas a
memoria que ficou no meu corpo foi a dor na coluna provocada pelo incomodo de
ficar sentada na moto por quase 6 horas.
Vista do mirante. Atras de mim ha um hotel enorme, completamente em desarmonia com a paisagem
Os macaquinhos aproveitam a presenca dos turistas para barganhar frutas.
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