segunda-feira, setembro 22, 2008

Certa Noite - 3 Na Massa

Composição: Alex Antunes

Hoje você me deixou
Quer dizer
Hoje você me deixou de novo
Depois a gente volta
Sempre voltou
Você voltou
Voltou sempre que me deixou
Mas há sempre algo que se lasca
Que se acaba
Uma magia que se estraga
Uma vela que se apaga
Aos poucos
Um abalo que um dia, talvez, não dê mais jeito
Uma ofensa que, talvez, desta vez, não dê conserto
E então chega um dia em que eu não te reconheço
Um dia que não vem depois do outro
Uma certa noite
Fora do tempo
E então um dia eu não me reconheço
E quero o que eu nem sabia
Que era isso que eu queria...

domingo, setembro 07, 2008

O seu corpo,
Meu jeito
Você de tão livre
Me faz imperfeito
Me faço sozinho
Por que vou contigo
Todas as vezes que te vejo partir
Fico assim, sem mim...
Só um pouco
Com a outra metado que o tempo não traz

sábado, agosto 30, 2008

Ta tudo enlatado
A descarga leva o feto indesejado
Faerinha, só na pílula
Na mesa falta o pão...

segunda-feira, agosto 25, 2008

sábado, agosto 23, 2008

É que eu prefiro o verão. Prefiro os dias de sol pra tirar o mofo dos olhos, pra esticar o corpo, pra sentir o suor escorrer e sentir mais sede de mar. Tem dias que a saudade aperta que faz doer, e o frio intensifica tanto esse humorrr. Alguém sabe me dizer que dia começa a primavera??

Encontro de Malabraes...


domingo, agosto 03, 2008

segunda-feira, junho 30, 2008

quinta-feira, junho 05, 2008

Eu queria saber mais sobre mim,
Mais sobre o que acontece comigo quando eu sorrio
Quantos músculos da face se movimentam...
Já ouvi na TV uma vez, mas não consegui decorar.
Queria saber se sou mesmo tão fria
E cheia de que, quando fico vazia.
Queria saber se eu suporto,
Eu me provo deveras,
Mas se insistisse um pouco mais, não sei se resistiria
Queria saber quantos fios de cabelo me caem por dia
Queria saber se sabes de mim,
Se esse eu que conheço é o mesmo que vês
Quando penso que SEI-ME completo, o tempo vai lá e tranforma
E o que sei é sempre fragmento dos segundos que fui
Não me pergunte se choraria,
Se explodiria em silêncios
Ou em espasmos de alegria
Há dias que sou uma bolha de apatia

Mas queria saber mais
Do meu mundo, minha delicadeza
Ser um pouco mais de mim a cada dia.

quarta-feira, maio 07, 2008

Um incenso aceso, um espelho, uma câmera e uma mulher...


...De repente Sônia apareceu junto dele. Aproximou-se com um passo quase imperceptível e sentou-se ao seu lado. Ainda era muito cedo; corria ainda a frescura matinal(...) O seu rosto mostrava ainda sinais da doença, emagrecera, estava pálida, de feições vincadas. Sorriu-lhe afetuosa e alegremente, mas, como de costume estendeu-lhe timidamente a mão. Estendia-lhe sempre a mão com timidez, às vezes nem chegava quase a dar-lhe completamente, como se receasse um insucesso. Ele lhe aceitava sempre a mão como se o fizesse de má vontade, parecia sempre acolhê-la com contrariedade, às vezes conservava um silêncio obstinado durante todo o tempo da sua visita. E então ela tremia diante dele e partia profundamente entristecida. Mas, agora, suas mãos não se soltaram; ele lhe lançou um olhar rápido; não disse nada e baixou os olhos. Estavam sós, ninguém os via. A sentinela tinha-se afastado naquele momento.
Como aquilo foi, ninguém o sabia, mas derrepente, houve qualquer coisa que pareceu apoderar-se dele e fez com que ele se deitasse aos pés dela. Chorava e abraçava os seus joelhos. No primeiro momento ela ficou muito assustada e o seu rosto tornou-se paracido com o de uma morta. Saltou do seu lugar e, toda a tremer, ficou olhando para ele. Mas compreendeu tudo, imediatamente naquel mesmo instante. Nos seus olhos brilhou uma infinita felicidade; compreendia, e para ela já não havia dúvida de que ele a amava infinitamente, e que chegara finalmente o momento.
Quiseram falar, mas não lhes foi possível; havia lágrimas nos seus olhos. Estavam ambos pálidos e abatidos; mas naquele s rostos doentios e pálidos brilhava já a aurora de um renovado futuro, de uma plena ressurreição para a nova vida.

Trecho do livro "Crime e castigo", Dostoiévisk

sábado, maio 03, 2008

O copo fundo

O fundo do copo fundo reflete o meu semblante.
Não tão doce como o suco que me adoça a boca,
Não tão vivo como o movimento das suas gotas
Apenas, tanto quanto eu do fundo do copo, distante.

Tenho o controle do copo,
Mas sinto-me escorrer por entre meus dedos
Tal qual fluido que pela minha garganta escoa.

O conteúdo do copo está acabando
Em alguns segundos ele estará vazio
Vazio como o meu semblante agora

Permito-me esvaziar-me de mim mesmo
Procurarei mais tarde no espelho
A imagem que no fundo do copo se perdeu
Procurarei-me em algum lugar que não em mim.

As ultimas gotas levaram consigo cada pedaço do meu aspecto
Agora nada mais é doce,
Nada mais é calmo,
Apenas vazio
Meu semblante, a poesia, o copo...

quinta-feira, maio 01, 2008

E se a mim só me restam silêncios
É em silêncio que exorciso minha dor...

sábado, abril 26, 2008

Homem

Pode o homem ser livre se não ama?
Pode o homem amar se ele engana?
Pode matar a sede
Circular por onde quer sem sentir medo
Inventar segredos
Se esconder e depois sumir
Pode o homem ser feliz
Pode o homem querer bem
Pode ser infinito
Arriscar o que quiser sem ter receio
Inventar sonhos
E no contentamento de estar vivendo
Explodir de afetos
Abrigar em si o universo
Pode o homem amar!
Basta amar-se primeiro
Basta amar-se por inteiro
E descobrir que pode amar além
Pode sorrir
Pode ele estender a mão
Descansar nos intervalos do amar
E da melancolia fazer nascer o encanto
Pode o homem tanto
Tanto que esquece o quanto
Pode o homem o amor desejar
E amar enfim
Fechar os olhos,
Ver!
Morrer e renascer toda manhã
Pode amar!
Sim, pode o homem sempre amar
E então ser livre porque ama
Amar grande
Amar forte
Amar tudo, a todo instante
Amar aquém
Pode o homem transformar-se quando ama
Pode o homem crescer
Tudo que a força do amor conceber
Descobrir que está vivo
Permitir-se acreditar
Pode o homem deixar fluir o amor
Na chuva, nos trilhos
Em rotas além do mar
Pode enfim ser homem de verdade
Simplesmente por viver de amar.

sexta-feira, abril 11, 2008

Para me redimir....


Para corrigir uma grande injustiça, aqui vai um post exclusivo para aquele que se encaixa no grupo dos meus queridos. [E ele á ta voltando, ebaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa]
Ah, e para ele dormir feliz: amigo! querido amigo!! hihihi...

terça-feira, abril 08, 2008

sábado, abril 05, 2008

Filtro dos sonhos

Aqui está uma pequena história do significado dos filtros: Extraída do blog de Rodrigo Ávila
http://rodrigoavilla.blogspot.com/2007/08/filtro-dos-sonhos.html

Duas tribos estavam em guerra. As desarmonias energéticas, geradas pelas lutas, traziam pesadelos e não deixavam as crianças dormirem. A Mãe-Búfala (Espírito-guardião) pediu ao Xamã da tribo que fizesse um círculo com um galho de árvore e deixasse uma aranha fiar uma teia dentro dele. Nesse círculo foram colocadas algumas pedras e penas para atrair as energias dos sonhos, dos pesadelos. O Filtro foi colocado na tenda das crianças. Elas se acalmaram e passaram a dormir bem. Pouco tempo depois, as tribos fizeram as pazes. Desde então o DREAM CATCHER é usado como um filtro de sonhos capturador de energias desarmônicas. Ele filtra as desarmonias prendendo-as nos nós de sua teia e deixando passar as energias harmônicas. As energias desarmônicas são desfeitas quando ele é exposto ao Sol.No círculo de madeira são gravados os nomes dos Deuses das direções sagradas: Apu Uno (norte), Apu Pacha Mama (sul),Apu Inti (leste), Apu Huaira (oeste). O círculo é revestido com fibras naturais ou couro. Dentro dele é tecida uma teia onde são colocadas pedras, sementes, conchas ou metais que atraem as energias do ambiente e da pessoa que o carrega (que usa). Trabalha o corpo físico, o corpo mental, o corpo emocional e a relação com as energias da Terra.Depois de tecido, o DREAM CATCHER representa a teia da vida de cada pessoa e lhe traz energias que vão impulsioná-la a um caminho de equilíbrio e harmonia, trazendo alegria, paz e felicidade. Cada filtro tem um dono. Além de trabalhar as energias do ambiente, fazendo com que as pessoas que frequentam o ambiente recebam apenas boas energias, ele ancora energias que vão trabalhar o corpo emocional da pessoa que é dona dele.Depois de pronto, é feita uma leitura dessas energias para que seu dono saiba, exatamente, quais energias específicas o filtro vai ajudá-lo a trabalhar.


quarta-feira, abril 02, 2008

No pólo petroquimico a natureza tb é viva!

-Cuidado para não escorregar! - Alertei-o sobre o barranco que estava molhado em função da chuva que caíra minutos atrás.
-É um filhote de passarinho
-Ai que lindo! -Aproximei-me para ver de perto o ninho, contrariando a minha própria advertência sobre o barranco molhado.
-Agora toma cuidado você.
- Mas é um roedor! - De imediato não me lembrei o nome daquele bicho que dormia no ninho, com o rabo pelado enrolado em alguns galhos da pitangueira de folhas amareladas do outono.
-Olha, é um sariguê!

Só faltou um palito na boca, foi o que pensei. Senti falta de uma câmera para registrar esta cena mágica: um sariguê, às 12:30, descansando num ninho, provavelmente depois de comer os ovos que ali estavam a espera da mamãe passarinho.

Aí lembrei de um fragmento de um poema que escrevi aos nove anos: E toda essa gente, que o que é bom não conhece, tudo ainda merece e não sabe ser feliz!

sábado, março 29, 2008

Hoje descobri que abismo significa "sem fundo"
Então eu nunca estive à beira do abismo quando pensei estar, pois quando caí consegui voltar
Será que foi assim que aprendi a voar?

Ruídos da manhã de sábado

Chuva chovendo
Barriga a roncar
Canto de pássaro molhado
Batidas da construção
Silêncios!
Carro passando distante
Interruptores acendendo lâmpadas (minha mãe acordou)
Torneiras
Talheres
Torrente de água na pia
Telefone tocando
Saudade gritando
Xícaras contendo café
Aviões
Espirros meus
Suspiros
E nada cala o ruído da falta de vc!
Pode o amor ser triste?
O amor tem q ser qualquer coisa de belo
Qualquer coisa de vivo
Descobri ser matéria o amor
Posso tocá-lo em meus lábios
Que exalam incontíveis sorrisos
Até mesmo em meus olhos
Quando transbordam silencio e dor
Que contradição é o amor!
É carência latente
Que suporta saudades
Que adia o presente
E se alimenta do amor
Se alimenta de si sem gastar
É mesmo loucura amar!
Sábado é um dia tão caro
Com quem irei gastá-lo?
Só não pode essa dúvida
Deixar o meu sábado só.

quinta-feira, março 27, 2008

E se quiser pode levar de mim as forças, por que a natureza se encarrega de recarregar, com essas cenas lindas que ficam soltas no ar. Hoje mesmo vi flores roxas espalhadas na grama verde. Uma ave mergulhada no lago bebendo água, com o corpo quase todo submerso. Um menino sentado na calçada afagando um cachorro sujo e magricela...tudo isso é encantamento, é o que se oferece pra gente e é pecado deixar passar sem perceber...

quarta-feira, março 26, 2008

terça-feira, março 11, 2008

Sabe roupa colorida que fica exposta ao sol no varal e aos poucos vai perdendo a cor...então, a gente vai se gastando sem desfrutar. É como chupar manga sem se lambusar, tomar banho de chuva sem se molhar...

sábado, fevereiro 16, 2008

Ei, você sabe a diferença entre aquelas duas coisas que ficam girando de cabeça para baixo?
Já é tarde, vamos dormir...

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Hoje

Se tivesse que escrever uma canção hoje, com certeza ela seria triste.
Se fosse necessário dançar, meus passos seriam pálidos, indecisos
E não seria possível girar com as minhas saias coloridas que arrastam no chão

Melancólicas as minhas palavras,
Tristonho o meu olhar,
E baixo o meu tom de voz

Porque hoje o meu dia é nublado e denso
E flores não amanheceram pra mim
Nem sei se é mais difícil chorar ou soprrir...

terça-feira, fevereiro 12, 2008

OS POEMAS - Presente de Artur

Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde
e pousamno livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...

Mário Quintana

Soneto de aniversário - Presente de Jonas

Passem-se dias, horas, meses, anos
Amadureçam as ilusões da vida
Prossiga ela sempre dividida
Entre compensações e desenganos.F
aça-se a carne mais envilecida
Diminuam os bens, cresçam os danos
Vença o ideal de andar caminhos planos
Melhor que levar tudo de vencida.
Queira-se antes ventura que aventura
À medida que a têmpora embranquece
E fica tenra a fibra que era dura.
E eu te direi: amiga minha, esquece...
Que grande é este amor meu de criatura
Que vê envelhecer e não envelhece.

Vinicius de Moraes

domingo, fevereiro 10, 2008

quinta-feira, janeiro 17, 2008

domingo, janeiro 06, 2008

A Grande família


E ainda falta tanta gente....
Então escrevo,
Mas que não fique entre as palavras o silêncio
Nem este pequeno vão...

E aos poucos vai se esvaindo
Como onda de mar
Aquela vontade utópica de amar

E do sonho vou me excluindo
Dos desejos vou me despindo
Mas se eu nem sei o que acontece comigo
O silêncio é difícil evitar

Será verdade que chega o dia em que a ficha cai?