segunda-feira, junho 11, 2012

A vida é a arte do encontro, embora na vida, haja tantos desencontros... É incrível a quantidade de amigos bacanas que ouço dizer que não encontram uma mulher decente, e a quantidade de amigas decentes que reclamam por que não encontram homens bacanas. Os não-namoráveis (aqueles nem tão bacanas) também dizem o mesmo, talvez por que esteja na moda reclamar por não encontrar alguém legal e este argumento soe como uma boa justificativa para continuar na "bagaceira". Porque eu não promovo o encontro dos amigos bacanas com as amigas decentes? Mas é que é tanto requisito pra compatibilizar. Numero, tamanho, modelo, cor...talvez seja esta a barreira que isola os bons no muro da solidão. Mas o que buscamos? O que buscam estas pessoas sem par que não tem a "sorte" de encontrar a tampa da sua panela? Vejo as pessoas se fechando em seus traumas, trazendo ransos dos relacionamentos antigos, repetem os mesmos erros. Na real, acho que o que está rolando é uma fobia coletiva. Uma desconfiança generalizada, associada ao medo de "ser passado(a) para traz", que cria indivíduos superpoderosos, cheios de defesas e estratégias de relacionamento, que inviabilizam a entrega, a descoberta, o aprofundar-se. Esses indivíduos cheios de escudos se transformam nisso...seres intocáveis, que escodem a sua decência e bacanice - peço licença para o neologismo. Não, não é que o mundo esteja povoado apenas por gente bacana e decente. Tem muita gente desprovida disso por aí, mais até do que se imagina. Esses dias um amigo comentou comigo do assédio das moças na noite, que mesmo o vendo acompanhado, não paravam de se insinuar. Mulheres com este tipo de atitude também reclamam de estar só. E o pior é esta dinâmica louca da vida que insere no caminho delas aqueles - bacanas - que reclamam de não encontrar uma garota legal. Aí, os outrora legais, são lesados, aprendem a se defender - ou se antecipar às lesões - e pronto, criou-se um monstro! Monstro esse cujo o próximo encontro será com uma mocinha decente, que irá experimentar o que ele aprendeu na relação anterior e por aí vai...Seria aquela velha máxima de que "os opostos se atraem"? Seria esta atitude feminina uma crise de proporcionalidade de gênero?? Não, não se rendam a este jogo sujo!!!! Vamos propagar com atitudes que o amor, o respeito e a dignidade valem a pena!! Lembrei de um trecho do livro de Léo Buscáglia, no qual ele falava destas transformações. Ele dizia algo mais ou menos assim: Você pode ser uma ameixa madura, bonita, suculenta e oferecer-se a todos. Mas você precisa entender que existem pessoas que não gostam de ameixa. Aí vc tem a opção de tornar-se uma maça, mas deve estar consciente de que nunca será uma maçã saborosa, perfumada, bela...uma vez que vc é uma ameixa. E que será rejeitado por aqueles que gostam de maçãs, por que nunca será a melhor maçã de verdade. Mas que vc pode voltar a ser uma ameixa, a melhor ameixa que se pode ser no mundo...Piegas? Talvez! Mas é a mais pura verdade. Fico triste qd vejo as pessoas se rendendo a este jogo baixo das relações. Tipo: "Eu boto para foder, é assim que eles gostam de ser tratados". Prefiro não me lançar neste teor. Deixe-me aqui. Permaneçamos ameixas, mesmo que sejamos rejeitados pelos amantes das maçãs. E salve os encontros. Salve os raros bacanas e decentes que ainda restam no mundo! Mas por favor, parem de se esconder! Feliz dia dos namorados pra todos!!!