sexta-feira, agosto 31, 2007

Dizem que é possível conhecer uma pessoa pelos discos que elas escutam, ou pelos trechos dos livros que elas grifam. Eu diria que é possível conhecê-las também pelos calçados que elas usam. Eu nada sei sobre ele, mas seu nome rima com céu. E eu o reconhi pelas cores e formas que lhe cobriam os pés...

Bonocô

Daqui a pouco não se pode mais olhar para o céu,
Nem ver o mar
E como eu vou fazer para respirar minhas fantasias?
Como eu vou correr para transpirar minhas agonias?
É que esse cinza do concreto não me cheira bem

Tudo que é concreto tem esse cinza de sufocar
E é por isso que eu prefiro mesmo sonhar...

domingo, agosto 26, 2007

Engraçado,
Quase tudo que escrevo aqui termina com reticencias, ou interrogação.
Tomara que a minha vida não seja sempre assim!

Coisas...

Quando penso em escrever as palavras me faltam. Sinto como se me arrancassem as pernas, as asas que eu não tenho..Uma espécie de mutilação. Estava com saudades da praia de vilas. Da sombra dos coqueiros. De me lambusar na areia. De sentir o mar. Hoje aqueles pássaros nem passaram por lá. Talvez tiveram suas asas cortadas também. Ultimamente tenho escutado bastante rádio, às vezes é bom não poder ouvir CD no carro. Foi assim que fiquei sabendo da notícia que o SUS agora é obrigado a cobrir cirurgias de mudanças de sexo. Informação inutil, eu sei...rsrss...sou infinitamente feliz por ser mulher!!! Falando em carro, me vêm milhões de coisas à cabeça. Uma delas, é o fato - coincidência ou não- de as músicas das quais eu mais gosto sempre tocarem na rádio exatamente na hora em que chego ao meu local de destino. Não fosse a violência da cidade e o fato de eu estar sempre "quase atrasada", ficaria lá parada, até a música terminar. Meu local de destino...e destino, será que existe mesmo? Me ocorreu agora que destino é o local onde nunca se há de chegar. É o caminho assintótico. O ponto onde a nossa musica predileta irá começar a tocar. Eis a prova de que não existe apenas UM amor perfeito, se o meu destino perfeito for mesmo amar. Por que são incontáveis as minhas músicas prediletas. As músicas que eu posso ser surpreendida escutando naquele lugar onde nunca se há de chegar...
O que importa
É que soubemos disfarçar o amor que havia
Com gestos tênues
Olhares discretos
E um pouco de covardia...

terça-feira, agosto 14, 2007

Fui à procura de inspiração no meu livro de cabeceira. Parece que a chuva intensifica a sensação de solidão. Hoje sinto-me só e procuro a companhia das palavras. Do barulho de uma palavra qualquer. Mas escrevo em silêncio, aquele silêncio de processar pensamentos, reviver situações e não sair do lugar. É que esta estranheza é realmente difícil de sentir, as vezes se mistura com saudade, com desejo de não ser. Eu vejo girar os ponteiros como hélices de ventilador. Eu sinto doer, mas não é dor. É aquele gosto de sei lá o que...Não sei o que seria de mim se não pudesse escrever, se não pudesse ficar aqui falando coisas sem nada dizer...

quarta-feira, agosto 08, 2007

Tecidelves PARTE II

É assim mesmo, ainda um quiabinho duro. Mas...treinando e aprendendo....



Não sei o nome

Preparando para a queda do anjo (DELICIOSA!!!)


Cadeirnha, toda torta...rsrsr




Preço

O preço,
Não pago
Descarto a inexplicável necessidade
De se sentir pó
A fluidez do pensamento
No corpo impregnada

O preço,
Já não devo mais
Uma navalha sobre a mesa
Velas acesas
Irreconhecíveis sensações
Onde estava a minha cabeça
Antes de pensar nas minhas veias?
O grito do inconsciente é de socorro
Não ao vinho
Não ao ópio
Não ao óbvio!
O meu mundo está em colapso
E o preço da chama é caro
Não cobro.