segunda-feira, dezembro 28, 2009

Planejar uma viagem é bem mais excitante do que previa. Eu que sempre dizia que nao sabia planejar, aprendi que o primeiro passo é começar. Esses dias me tem sido muito proveitosos, posso me dedicar a esta etapa tão importante. O guia me tem sido muito util, cada pagina que leio, cada dica, cada descrição dos lugres me empolgam fazendo ate o coração palpitar. Quando estava lendo sobre a trilha inca, putz, senti a té arrepiar. Claro que ja to com medinho do frio, dos efeitos da altitude, medo do meu nariz sangrar (em Sorocaba ja senti os efeitos do frio, imagina lá, em pleno inverno), fico imaginando as estradas surreais descritas em todos os lugares que disponibilizam inormações sobre a bolívia, mas isso é ótimo, pois aumenta a ansiedade e a vontade de estar lá. Sinto cada vez mais proximo, cada vez mais real. Dessa vez nao rola adiar, nem um mes a mais, nem um a menos. Ai, ai....Dona América que nos aguarde!!!

quinta-feira, dezembro 03, 2009

Tenho meia tristeza pra chorar,

Mas não é tristeza de triste

É uma alegria que existe

E é perto de aflorar

E de tão à flor da pele,

Qualquer coisa arrepia

Lua nova, mar em fúria, cantoria

Mesmo longe, é tão perto

Eu sinto tão perto

Uma espécie de deserto

Quase a ponto de inundar

terça-feira, outubro 06, 2009

Mudar.
A cor do esmalte
O corte do cabelo
O intinerário
Mudar de colorido
O caminho pro trabalho
A forma de pronunciar, mudar
Mudar de escondeirijo
Mudar o tom da voz
Desacele-rar
As roupas do armário
O balanço dos quadris
Mudar a forma de girar
Geograficamente
Silenciosamente
Mudança atemporal
Mudar de musica predileta
Mudar a palavra secreta
Mudar a forma de sonhar
Hoje, desesperadamente, senti vontade de mudar.
Cada vinda tua é chuva
Que rega flores
Cada vida tua é uma
Que se entrelaça em coisa minha
De alma amores
A chover.
Você em mim, cadê?
Não eram promessas
É só coisa que recomeça
A cada regresso teu.

segunda-feira, setembro 21, 2009

quarta-feira, agosto 05, 2009

Não gosto quando me roubam de mim,
Não gosto quando tiram de mim o meu silêncio,
E meu espanto

sexta-feira, abril 24, 2009

Deus

Estava sentada apreciando o pôr-do-sol, a pensar na vida, a pensar sei lá em que. À minha frente uma árvore e suas folhas a cair. Sorri com o milagre da renovação! E lembrei que há algum tempo estava tentando pensar em Deus. As folhas nascem para cumprir a sua função, fazendo parte de um sistema. Elas depois retornam para a fonte de sua criação. As folhas que caem servem de insumo para as próximas que virão. Mas qual seria afinal a sua função? Qual seria a sua razão de ser? Não sei – desisti. As folhas simplesmente caem. A árvore seria então a vida? Talvez. Mas o que alimenta a árvore? Qual a essência que vai da raiz às folhas? O que mantém a arvore, a vida? Rapidamente me veio a resposta: A água. A água é Deus! Perfeito – Exclamei. Há muito desconfiava que deus pudesse ser a água. Agora eu já sei por quê. E o vento balançava. Brisa suave no rosto. Folhas a despencar. Quanto mais forte o vento, mais folhas ao chão. É por causa dele que as folhas se desprendem da árvore e flutuam leves para retornar ao solo. É o vento. O vento que impulsiona o recomeço. O vento é Deus! Mas sendo água e sendo vento, deus poderia ser terra também. E porque não? Então...fácil demais! Onde a árvore se sustenta? Onde se equilibra? Onde firma as suas raízes? De onde vem seu alimento? Sim, é a terra. A terra é Deus! Ah, mas e o fogo? Deus deve ser fogo também. Via os raios do sol sobre o mar. Então eu pensei: As folhas precisam do sol. Precisam da sua luz para sobreviver, é dele que vem a fonte, mas...espera – parei. O sol não é o fogo. O fogo não é o sol. Seria então o fogo o calor. Não sei! Não sei o que é o fogo então. Mas o fogo existe, eu sei que ele é real. Mas pra que ele serve? O fogo, meu Deus, é mau? Ele queima, ele destrói. Não, mas o fogo não pode ser isso. Não é possível que eu não saiba dizer o que é o fogo, pra que ele serve. Mas eu consigo sentir que ele existe. Ah, então o fogo é isso mesmo. É o que existe e agente não sabe o que é. A gente não sabe por quê. É aquilo que a gente sente. Talvez o fogo contribua para a existência da folha. Talvez ela só exista com a permissão dele. Mas a gente não sabe como. A gente não sabe por quê. A gente não é capaz de explicar... Mas, peraí – emocionei-me: Isso é Deus!!

Escrito no solar do Unhão, em algum dia de 2003

domingo, abril 19, 2009

Mas será possível sentir-se saudade da tristeza? É que tristeza parece sempre mais profunda, parece que coloca a gente pelo avesso e faz transbordar. E o poeta? Precisa ele ser triste? É na tristeza que se escrevem versos sublimes. É sempre na tristeza que acontece uma identificação das sensações mais intensas, e o encontro com o outro vem. Não quero ser triste para poder escrever, é que ja cresce em mim a felicidade que contagia. Então, vamos sambar!