domingo, dezembro 09, 2007

Amo-te, mas depende de que dia da semana é.Veja você: quando o relógio marca três da tarde e o sol me queima a pele como se fosse furar a minha veia, sinto uma imensa vontade de voar, e isso pode acontecer numa segunda-feira qualquer...

quarta-feira, dezembro 05, 2007

Prefiro o colorido rosa das flores que caem, às luzes artificiais do natal!!

domingo, dezembro 02, 2007

Hummm...hoje foi tão bom estar comigo! Estava realmente com saudades de mim...

Betacaroteno

Mas tomate parece ser o mais saboroso de todos os frutos. E eu fico pensando como é interessante o processo de possuir. Aquela calça que eu tanto queria agora é minha, e daí?? É como devorar uma barra de chocolate ou um pote de sorvete de creme...Cães adoecem e fogem de casa tdas as manhãs, e são eles excelentes fontes para onde escoar nosso amor. Nós não os temos, nada temos! E não se pode perder o que não se tem. As vezes criamos para nós uma réplica de cada ser e coisa que desejamos, aí sim possuímos, essa réplica criada por nós. Acho mesmo é que ele tinha medo de ser responsável pelo meu "ser feliz", mas a verdade é que tomates me arrancam sorrisos em todas as refeições, por que felicidade é o que eu faço do que me aconteceu. E se me queres, então me tenha! Por que querer foi feito pra gastar. E quanto a mim, não precisas replicar. Tomate é o meu vício e o querer é o início, vais acabá-lo sem gastar?

Mas betacaroteno não é aquele troço que tem na beterraba...?
E as árvores poderiam se revoltar e por um tempo parar de crescer. E eles ficariam só construindo prédios e assinando seus contratos em pedras, já que não existiria mais papel...

quinta-feira, novembro 29, 2007

Apatia

Eu não consigo sentir mais nada
Tento pensar em algumas coisas banais
Até o ódio seria bem vindo hoje
Mas o meu peito inchou-se de ar...

Diálogo

O feijão queimou diz:
Mas as vezes fico me perguntando o q é coragem

O Leão diz:
rs..

O Leão diz:
as vezes coragem é quando a vida te expulsa de um lugar e vc vai para outro.

O Leão diz:
outras vezes é quando vc expulsa a vida mesmo.

domingo, novembro 25, 2007

Para Nato, Dai e Cris, o reggae...

De onde veio aquele acorde que me despertou
De onde veio a melodia
Pra onde foi aquele olhar que você me fitou
Pra onde foram as palavras que eu te falei

De onde veio a canção que nasceu pra dizer
Que a vida é tão boa
Onde se escondem as notas que faltam

Nos mares montanhas e rios eu já procurei
E foi o reggae que veio falar que a canção estava lá
O tempo inteiro no meu coração!

Então eu hoje quero cantar a paz
Cantar a beleza da flor
E a vida pode ser poesia
Basta acreditar no amor!

quinta-feira, novembro 22, 2007

Feliz Aniversário!

É para ele que escrevo,
Embora me faltem palavras,
Embora me afogue em palavras
Em tantas palavras não ditas
Palavras imprevistas
Que por medos preciptados
Esquecemos de nos dizer

E que não sejam palavras apenas;
Mesmo que saibamos interpretar nossos silêncios
E as milhões de palavras que abrigam um simples "sinto saudades d'ocê"

É para ele que escrevo
Por que palavras duram mais que embrulhos coloridos
Amarrados com laços de fita
E o meu presente é a paciencia,
E a liberdade de deixá-lo ser

É para ele que escrevo
Assim mesmo sem palavra alguma
Até o tempo poder nos dizer

É para ele que escrevo sorrisos
Banho de cachoeira
Poeira de estrada
E languido prazer

E sem sentir vamos escrevendo nossa história
Sem referencia no tempo;
Sem pressa;
Sem caixa postal

É para ele que escrevo
Por que amar sem perceber
Às vezes parece normal...

domingo, novembro 18, 2007


Estar lá era tudo que eu queria
Pra esvaziar um pouco da agonia
Abastecer de força e energia...

segunda-feira, outubro 29, 2007

Então foda-se se pra você perdoar é demais. Pois o que importa mesmo é amar. É soltar o corpo, deixar a música levar.
O que importa é banho gelado, banho gingado de mar...

domingo, outubro 28, 2007

"Quem se diz muito perfeito
na certa encontrou um jeito insosso
Pra não ser de carne e osso
Pra não ser carne e osso..."

Trecho de música de Zelia Duncan

quarta-feira, outubro 17, 2007

domingo, outubro 14, 2007

É que eu disse assim,
Bem baixinho
Só pra ele escutar

E fui dizendo um barulhinho
Derramando sem parar

Fui rimando,
Ritimando
Deu vontade de dançar

Veja só
Eis aqui a minha mão
É convite para amar

Gira mundo, vem girar...
Ata-me
Com seus laços frouxos
Que eu não quero escapar

domingo, outubro 07, 2007

É que eu vou amando assim mesmo,
Como as bordas de um prato de sopa quente
Até me lambusar

sábado, outubro 06, 2007

Cenas do cotidiano

Mas veja você o que é referencial:
Era um sujeito sujo, lavando as mãos numa água um pouco menos suja. Daquelas que ficam nas valas da cidade depois de um dia de chuva.

sexta-feira, outubro 05, 2007

Hoje o dia valeu a pena, só por conta daquele sorriso!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes… tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.

Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer: - E daí? Eu adoro voar!

Não me dêem fórmulas certas, por que eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim, por que vou seguir meu coração. Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, por que sinceramente sou diferente. Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre”.

[Clarice Lispector]

sexta-feira, setembro 28, 2007

Se existem deuses que moram no mar, acho que todos eles descanam no porto da Barra...

quarta-feira, setembro 19, 2007

Cenas do sinal vermelho

E se de um lado eu posso ver o luxo estampado nos carros, do outro eu vejo ela esticar as pernas para limpar o vidro embaçado, trajando um agasalho que mal posso ver a cor, tão sujo que está. Enquanto eu mudo a estação do rádio e penso no que irei vestir amanhã de manhã...

sexta-feira, agosto 31, 2007

Dizem que é possível conhecer uma pessoa pelos discos que elas escutam, ou pelos trechos dos livros que elas grifam. Eu diria que é possível conhecê-las também pelos calçados que elas usam. Eu nada sei sobre ele, mas seu nome rima com céu. E eu o reconhi pelas cores e formas que lhe cobriam os pés...

Bonocô

Daqui a pouco não se pode mais olhar para o céu,
Nem ver o mar
E como eu vou fazer para respirar minhas fantasias?
Como eu vou correr para transpirar minhas agonias?
É que esse cinza do concreto não me cheira bem

Tudo que é concreto tem esse cinza de sufocar
E é por isso que eu prefiro mesmo sonhar...

domingo, agosto 26, 2007

Engraçado,
Quase tudo que escrevo aqui termina com reticencias, ou interrogação.
Tomara que a minha vida não seja sempre assim!

Coisas...

Quando penso em escrever as palavras me faltam. Sinto como se me arrancassem as pernas, as asas que eu não tenho..Uma espécie de mutilação. Estava com saudades da praia de vilas. Da sombra dos coqueiros. De me lambusar na areia. De sentir o mar. Hoje aqueles pássaros nem passaram por lá. Talvez tiveram suas asas cortadas também. Ultimamente tenho escutado bastante rádio, às vezes é bom não poder ouvir CD no carro. Foi assim que fiquei sabendo da notícia que o SUS agora é obrigado a cobrir cirurgias de mudanças de sexo. Informação inutil, eu sei...rsrss...sou infinitamente feliz por ser mulher!!! Falando em carro, me vêm milhões de coisas à cabeça. Uma delas, é o fato - coincidência ou não- de as músicas das quais eu mais gosto sempre tocarem na rádio exatamente na hora em que chego ao meu local de destino. Não fosse a violência da cidade e o fato de eu estar sempre "quase atrasada", ficaria lá parada, até a música terminar. Meu local de destino...e destino, será que existe mesmo? Me ocorreu agora que destino é o local onde nunca se há de chegar. É o caminho assintótico. O ponto onde a nossa musica predileta irá começar a tocar. Eis a prova de que não existe apenas UM amor perfeito, se o meu destino perfeito for mesmo amar. Por que são incontáveis as minhas músicas prediletas. As músicas que eu posso ser surpreendida escutando naquele lugar onde nunca se há de chegar...
O que importa
É que soubemos disfarçar o amor que havia
Com gestos tênues
Olhares discretos
E um pouco de covardia...

terça-feira, agosto 14, 2007

Fui à procura de inspiração no meu livro de cabeceira. Parece que a chuva intensifica a sensação de solidão. Hoje sinto-me só e procuro a companhia das palavras. Do barulho de uma palavra qualquer. Mas escrevo em silêncio, aquele silêncio de processar pensamentos, reviver situações e não sair do lugar. É que esta estranheza é realmente difícil de sentir, as vezes se mistura com saudade, com desejo de não ser. Eu vejo girar os ponteiros como hélices de ventilador. Eu sinto doer, mas não é dor. É aquele gosto de sei lá o que...Não sei o que seria de mim se não pudesse escrever, se não pudesse ficar aqui falando coisas sem nada dizer...

quarta-feira, agosto 08, 2007

Tecidelves PARTE II

É assim mesmo, ainda um quiabinho duro. Mas...treinando e aprendendo....



Não sei o nome

Preparando para a queda do anjo (DELICIOSA!!!)


Cadeirnha, toda torta...rsrsr




Preço

O preço,
Não pago
Descarto a inexplicável necessidade
De se sentir pó
A fluidez do pensamento
No corpo impregnada

O preço,
Já não devo mais
Uma navalha sobre a mesa
Velas acesas
Irreconhecíveis sensações
Onde estava a minha cabeça
Antes de pensar nas minhas veias?
O grito do inconsciente é de socorro
Não ao vinho
Não ao ópio
Não ao óbvio!
O meu mundo está em colapso
E o preço da chama é caro
Não cobro.

domingo, julho 29, 2007

No escuro, antes do anoitecer

Há uma vela acesa no meu quarto. E não é nenhum ritual que se inicia; é que o estouro de outrora roubou do bairro a energia. Eu penso em coisas e luzes se acendem na minha cabeça. A mensagem: Não deveria tê-la enviado, mas é este impulso que sempre me contraria. Faz muito frio, e hoje foi um dia esquisito, indefinido...Dia de perambular pelos cômodos da casa e abrir a porta da geladeira incontáveis vezes à procura de sabe-se lá o que, talvez de algo para ajudar a digerir o tédio. Da minha janela vejo um prédio que aos poucos se ergue. Antes via árvores e borboletas amarelas. O prédio é cinza, com letras brancas onde se registram as datas de cada quadrado que se sobrepõe. O dia foi cinza. Mas a luz amarela da vela ilumina objetos sobre a minha cômoda. Duas fotografias, as chaves do carro e um cubo mágico, cheio de cores embaralhadas. É uma cena bonita, tentei fotografar, mas percebi que a câmera está sem bateria. Logo agora que não tem energia. E a minha energia, voltará que dia?

quinta-feira, julho 19, 2007

Engraçado....eu saio escrevendo coisas, no verso de apostilas, em cadernos velhos, bloquinhos de anotações, aí volta e meia, futucando as coisas descubro algo que nem lembrava ter escrito, hoje memso eu encontrei esta insonia, que vou postar aqui....


Insonia

Eu imploro que a poesia apareça,
Já que o sono não vem
Antes que eu me desobedeça
E deixe que as palavras digam
O que eu não quero dizer
Esqueça,
Eu não preciso escrever
A poesia que resiste em nascer
Há dias não consigo florir em versos
Há dias é dificil adormecer...

[escrito em 06/04/07]

segunda-feira, julho 16, 2007

9562134213451674798475321984791230

Estou perdendo a identidade,
As formas,
A sonoridade.
São tantos números,
Códigos,
Senhas
Que me perco e já nem sei quem sou.
O número da identidade,
Do CPF,
Do título de eleitor ;
Ainda tem o número de matricula
Da inscrição do CREA
Da carteira de habilitação ;
O protocolo de entrada de não sei o que
A senha do banco,
Do e mail
O código secreto que criei de mim;
Os números de telefone
As datas de vencimento
De aniversário
Os minutos exatos pra assar o pão
Quantos dígitos são?
Quantas casas decimais podem representar o que se tem?
Não estou bem,
À beira de virar uma inequação....


E ainda tem o 200.254.29.2

quarta-feira, julho 11, 2007

Ahn??? Tecido? o q ue é isso? Aquela modalidade de circo, que você se pendura, enrola, desenrola.....rsrs


É tão bom ver as coisas assim....de ponta-cabeça

Poxa, o Rafa não colaborou. Não procurou o melhor angulo, aí fica muito na cara que sou iniciante...

Flagra do erro!!!! Dei nó onde não devia, senti falta da pró Bia. Mas confesso que errar eu não podia , porque essa eu já sabia...rsrs

domingo, julho 08, 2007

Não, não era vontade de sair
Era só desejo de inaugurar meu all star cor de mato...

segunda-feira, julho 02, 2007

Ressaca do São João


Fazer novos amigos, rir de histórias experimentadas, jogar conversa fiada....

Dunas de Santo Antonio


Café da manhã farto! Comer, dormir, (...), e dar risada. Este é o lema. Cris, vc perdeu!!!

Fazenda Santa cachaça.

Mas qual o volume que um biquine faz na bagagem? Por muito pouco eu perco o body rafiting.
Galera, ameeeeeeeeeeeeeii!!!!

sábado, junho 30, 2007

És do tipo que vira a cara para o mendigo sujo por causa das suas roupas encardidas?
És do tipo que tem nojo do mendigo fedorento e não suporta sentir os maus odores que deles provém?
Engana-se ao achar que cheiras bem!
Vou roubar-lhe todos os sabonetes, cremes e desodorantes,
Vou roubar-lhe o acesso à água
E quebrar a sua ducha quente para os banhos relaxantes,

Verás que além de algumas cifras, não há nada diferente entre você e essas criaturas repugnantes...

segunda-feira, junho 18, 2007

Descansa menina,
Esquece o que ouves
Esquece o que lês
É mais um devaneio
Daqueles que tens costume de ver...

segunda-feira, junho 11, 2007

Se - Alice Ruiz

se por acaso
a gente se cruzasse
ia ser um caso sério
você ia rir até amanhecer
eu ia ir até acontecer
de dia um improviso
de noite uma farra
a gente ia viver
com garra

eu ia tirar de ouvido
todos os sentidos
ia ser tão divertido
tocar um solo em dueto

ia ser um riso
ia ser um gozo
ia ser todo dia
a mesma folia
até deixar de ser poesia
e virar tédio
e nem o meu melhor vestido
era remédio

daí vá ficando por aí
eu vou ficando por aqui
evitando
desviando
sempre pensando
se por acaso
a gente se cruzasse...

sexta-feira, junho 08, 2007

Minha [nossa] oração

Não faças comparação, isso é ego!
Se sentires medo de amar, ame!
O amor é fim em si mesmo.
Se pensares em desistir, pare de pensar,
Permita-se apenas sentir.
Mas se ainda assim o pensamento persistir, acalma-te:
‘O amor terá sido suficiente’
Se sentires vontade de chorar, chore!
Chore até soluçar!
Deixe esvaziar o peito de dúvidas,
De anseios,
De dor.
Entendas que não precisas ser onipotente
Ser forte não exclui fraquezas,
Permita-se ser fraco quando não suportar
És forte o suficiente para ser fraco
És capaz de se reerguer,
És capaz de continuar
A eternidade dura apenas um segundo
O poço é fundo
Não olhe pra baixo antes de se lançar
Jogue fora todas as medidas que tens
Use a medida infindável do [a]mar
Entenda que palavras não dizem nada
Mas fale quando sentir vontade de falar
Falas o tempo inteiro com o sorriso, com os olhos,
Até mesmo com o silenciar
Mas ainda assim é preciso lançar ondas sonoras no ar
Não temas comunicar sua angústia, seu receio, seu pavor
Compreendas que podes abandonar o caminho
Que podes mudar de direção
E isso não significa estagnar
Não procure entender as coisas
‘Entender é limitado demais!’
Sinta-se triste quando sentires tristeza
Sinta raiva,
Sinta ciúmes até,
Mas permita apenas ao amor inflamar
És humano, ainda não alcançastes a perfeição.
Nunca hesite em entregar-se por inteiro
Ficar nu é a melhor proteção
Teu escudo é a vulnerabilidade
Teu risco a garantia
Mas procurar abrigo não é covardia
Cuida de ti, pois conheces a ti mesmo
Se isso ainda não é uma verdade
Aproveite para se experimentar
Não temas!
Acenda as luzes do quarto, e verás que os fantasmas sumirão
Então poderás apagar as luzes outra vez
E descansar em paz na escuridão
Procure não pensar no fim
Tudo não passa de recomeço
A lua, em todas as fases, se mostra bela
Finda-se o verão
E chega a primavera
Não procure a aprovação dos outros
As cores do teu mundo são só tuas
Teus sabores te são peculiares
Tuas formas, singulares
Eles não terão parâmetros para apontar-lhe a direção
Tu te encontras num estágio diferente de amar
Num outro estágio de renúncia,
De percepção
E por mais intenso que sejas, sempre serás criticado,
Sempre ouvirás um não
Mas bem,
Seja profundo, nunca raso
Plante uma semente num vaso
Mesmo que não a veja crescer,
Mesmo que não dê tempo regar
Precipite-se
Permita-se
Ou negue-se
Mas nunca desista de amar.

Rezada por Cinthia e MPSampaio, em 21/09/2004
E eu que fico aqui,
Imaginando coisas,
Fazendo projeções...

É isso que me rouba o sono,
É isso que me assalta a noite

Vai menina, sonha!
Mas com duendes e fadas
por que sonhar a própria vida
É perigoso demais!

quinta-feira, junho 07, 2007

Arranquem o teto da sala,
Apaguem as luzes da noite
Hoje eu quero olhar para o céu!

segunda-feira, junho 04, 2007

A menina que virou árvore.

Mal conseguiu esconder a palidez num sorriso quando sua mãe lhe dissera que iria cortar-lhe os cabelos.

-Sim, irei vendê-los. Consegui um bom dinheiro neles. Soube que é moda na Europa emendar fios de outrem nos cabelos franzinos, lentos no crescimento.

Soava-lhe estranha a idéia de ver seus cabelos pendurados em cabeças alheias. E se nesta tal de Europa resolvessem inventar modas como emendar pés, orelhas ou mãos? Esfriava-lhe a espinha só de pensar... Os seus cabelos eram delicados, de doçura igual ao seu caminhar. Negros e de brilho prateado com ondas alegres e sutis. Além dos cabelos, invejados pelas moças da pacata cidade, da sua cabeça brotavam sonhos, pensamentos e fantasias de menina bem-te-vi. Mas era chegada a hora. A sua mãe pegou a tesoura, guardada na segunda gaveta da cômoda de jacarandá, amarrou-os num trançado sinuoso e – onomatopéia de tesoura! – enfim estava com o futuro “bom dinheiro” nas mãos.. Na Europa, os seus cabelos emendados numa cabeça de sonhos e pensamentos desconhecidos foram de um sucesso não antes imaginado, e encomendas não tardaram chegar. Então, ficou decidido: da pequena mocinha de delicado caminhar brotariam os frutos para alimentar toda a família. Ela acabou por aceitar, acostumou-se até. Como se no seu próprio quarto tivesse criado raízes, por lá muito tempo ficou.. Alguns fios caíam, como folhas que se renovam. A sua vida tornou-se um outono intermitente, com um toque de primavera estampada no brilho e vitalidade dos frutos que cresciam a cada dia.

E foi assim que se sucedeu. A menina virou árvore. E exportava os seus frutos pro modismo europeu.

Inspirado em lala (Zaira Caroline), beijos prima!!
Que linda lua hoje!!
Mais bela que qualquer poema que poderia aqui pousar.
Salve salve a beleza lunarr!!!

Porém

Todo mundo tem medo do porém
No entanto
Há um porém em cada medo
A coragem está numa dimensão aquém
E a verdade é que ela sempre vem

Porém,
Quase sempre é tarde
Quase sempre é quase
E o porém que invade
Nenhum impulso retém.


Ernesto, ofereço a você. Lembro que esta estava entre as suas "selecionadas"...

quinta-feira, maio 31, 2007

Pássaros viraram máquinas
Árvores viraram lágrimas
Bicho virou textura
Ternura se dissipou

Verde virou tijolo
Flor virou consolo
Até a cigarra muda,
De tristeza hoje cantou


Encontrei este texto perdido no meio dos meus rascumho. Nem lembrava dele....

quarta-feira, maio 30, 2007

Por que água?
Bem, eu queria ser água porque às vezes ela fica lá debaixo da solo.
Brota numa nascente.
Corre o fluxo do rio.
Abriga vidas.
Percorre caminhos.
Deságua no mar.
Evapora.
Passeia no céu.
Descansa na nuvem.
Precipita-se, caindo livre em forma de chuva.
Às vezes desliza sobre corpos, folhas e solos.
Faz canção.
Passeia por dentro de organismos sedentos.
Dilui quase tudo que se excede em concentração.
E dança.
Sabe ser forte, quando precisa.
É sem forma e contível.
Se esconde em seus passeios, mas nunca deixa de ser água.
Voltando pra debaixo da terra,
Brotando numa nascente,
Correndo o fluxo do rio,
Virando mar...

A Ressonância Schumann - Fonte Desconhecida.

Não apenas as pessoas mais idosas, mas também jovens fazem a experiência de que tudo está se acelerando excessivamente. Ontem foi Carnaval, dentrode pouco será Páscoa, mais um pouco, Natal. Esse sentimento é ilusório ou tem base real?
Pela ressonância Schumann se procura dar uma explicação. O físico alemão W.O. Schumann constatou em 1952 que a Terra é cercada por um campo eletromagnético poderoso que se forma entre o solo e a parte inferior da ionosfera, cerca de 100km acima de nós. Esse campo possui uma ressonância (dai chamar-se ressonância Schumann), mais ou menos constante, da ordem de 7,83 pulsações por segundo. Funciona como uma espécie de marca-passo, responsável pelo equilíbrio da biosfera, condição comum de todas as formas de vida. Verificou-se também que todos os vertebrados e o nosso cérebro são dotados da mesma freqüência de 7,83 hertz.
Empiricamente fez-se a constatação de que não podemos ser saudáveis fora dessa freqüência biológica natural. Sempre que os astronautas, em razão das viagens espaciais, ficavam fora da ressonância Schumann, adoeciam. Mas submetidos à ação de um simulador Schumann recuperavam o equilíbrio e a saúde.
Por milhares de anos as batidas do coração da Terra tinham essa freqüência de pulsações e a vida se desenrolava em relativo equilíbrio ecológico.
Ocorre que a partir dos anos 80, e de forma mais acentuada a partir dosanos 90, a freqüência passou de 7,83 para 11 e para 13 hertz por segundo. O coração da Terra disparou.
Coincidentemente, desequilíbrios ecológicos se fizeram sentir: Perturbações climáticas, maior atividade dos vulcões, crescimento de tensões e conflitos no mundo e aumento geral de comportamentos desviantes nas pessoas, entre outros. Devido à aceleração geral, a jornada de 24 horas, na verdade, é somente de 16 horas. Portanto, a percepção de que tudo está passando rápido demais não é ilusória, mas teria base real nesse transtorno da ressonância Schumann.
Gaia, esse superorganismo vivo que é a Mãe Terra, deverá estar buscandoformas de retornar a seu equilíbrio natural. E vai consegui-lo, mas nãosabemos a que preço, a ser pago pela biosfera e pelos seres humanos.
Aqui abre-se o espaço para grupos esotéricos e outros futuristas projetarem cenários, ora dramáticos, com catástrofes terríveis, ora esperançadores,como a irrupção da quarta dimensão, pela qual todos seremos mais intuitivos, mais espirituais e mais sintonizados com o biorritmo da Terra.
Não pretendo reforçar esse tipo de leitura. Apenas enfatizo a teserecorrente entre grandes cosmólogos e biólogos de que a Terra é,efetivamente, um superorganismo vivo, de que Terra e humanidade formamos uma única entidade, como os astronautas testemunham de suas naves espaciais.
Nós, seres humanos, somos Terra que sente, pensa, ama e venera. Porquesomos isso, possuímos a mesma natureza bioelétrica e estamos envoltos pelas mesmas ondas ressonantes Schumann.
Se queremos que a Terra reencontre seu equilíbrio, devemos começar por nós mesmos: fazer tudo sem estresse, com mais serenidade, com mais amor, que é uma energia essencialmente harmonizadora. Para isso importa termos coragem de ser anticultura dominante, que nos obriga a ser cada vez maiscompetitivos e efetivos. Precisamos respirar juntos com a Terra, paraconspirar com ela pela paz.

domingo, maio 27, 2007

sexta-feira, maio 25, 2007

É Rafa, realmente estava faltando vc aqui!!! Este post vai especialmente p vc! TE amo-te, primo lindo!!!



quarta-feira, maio 23, 2007

Música triste

Hoje eu queria ver o mar
O mar e a noite quando se juntam
É lindo demais!
É a beleza que gostaria de encontrar nesta hora
Já que tudo mais foi embora
E para mim só restou eu
Olhando o mar seria mais fácil me ver
E então descobrir como é fácil sorrir
Hoje eu queria ouvir uma música triste
Pra saber que existe
Tristeza maior que a que repousa dentro de mim.

Ela que pedia para eu arrumá-la assim...

terça-feira, maio 22, 2007

Vovô Juvenal

Enquanto espero o meu horário de fazer a unha, vou escrever. Tenho uma hora para fazê-lo, parece-me muito tempo, mas...


Lembrei hoje do meu avô. Ele está com 93 anos (+ ou - 3 anos) e perdendo gradativamente a lucidez. Outro dia cheguei na sua casa e ele, sentado na sua cama, perguntava-me desesperado que horas iríamos levá-lo de volta para a casa, por que ele não queria mais ficar lá, na igreja batista. Quando chego lá e vou cumprimentá-lo, por não enxergar, ao ouvir minha voz e desconfiar que sou eu, ele pergunta: Você é a estudante? (Olha o estígma que fiquei. Eu já sou engenheira vô!!). Ele não lembra mais de nada. Onde está, o que acabou de comer, com quem estava falando. Alguns momentos de lucidez passeiam pelo seu dia, mas são raros. Da ultima vez que estive lá ele estava em plena forma. Relatou-me o seu acidente, o equivoco do médico, que não deveria tê-lo cortado a perna, o aprendizado do seu ofício de sapateiro, a sua experiência no corpo de bombeiros, os conselhos que eram dados a minha vó, para "largar o inválido". Disse-me que se eu tivesse estudado para ser dentista ele iria discutir comigo, pois este é um campo que ele conhece com muita propriedade. Ele sempre sonhou ems er dentista! Momentos de lucidez excessiva como este que experimentei têm sido realmente muito raros. Constantemente no meio de uma conversa ele pára pergunta para onde estamos o levando. Tem uns meninos com os quais ele sempre conversa. Meninos estes que só ele enxerga. O papo outro dia girava em torno de carne de onça, que ele afirmava nunca ter comido e que nunca iria comer...Mas o mais engraçado de tudo - o que exatamente estava lembrando hoje cedo - é a cobrança dele para que nós o levemos a um médico de esquecimento. No meio da conversa ele pára (talvez por perder o fio da meada) e diz: "Ô meu deus, eu ja pedi pra esse povo me levar num médico de esquecimento". O mais curioso de tudo, é que a necessidade de ir ao médico de esquecimento é para que o tal médico possa receitá-lo um remédio que o seu amigo usa e o indicou há mais de 30 anos, chama-se NEUROBIOL, este nome ele nunca esquece, nem quando está na tal "igreja batista" ...

domingo, maio 20, 2007

Fim de tarde no porto.

Ele andava igual aos outros três. Um deles era da cor da areia e dormia um sono tão gostoso que durou quase a tarde inteira. Invejei-o. Senti vontade de afagá-lo, inclusive. Os outros dois eram negros, mas de um pretume diferente, sendo um deles mais queimado do sol. Neles havia um sono indeciso, que oscilava entre a necessidade de recuperar-se do cansaço e a vontade de acompanhar o movimento ao redor. A borboleta atraída pelo verdume do livro assustou-se com o meu assustar-me e pousou na orelha do preto queimado de sol. Aquele outro - que andava igual aos outros três - vestia sunga verde e brincava intensamente a construir castelos na areia, castelos que tão logo eram erquidos, tão logo eram destruídos pela água do mar. Era uma felicidade reluzente que trazia estampada na face, e o nariz escorrendo sequer chegou a incomodar. Ele percorria toda a extensão dos limites mentalmente construídos por ele na praia, lambusando-se na areia e banhando-se no mar. Havia uma diferença básica entre eles: andar sobre quatro apoios era condição natural para os outros três, dada a sua classe canina. Mas ele deslocava-se assim por uma deficiência, cuja causa eu desconhecia e tampouco me interessava saber. Mas era tão feliz! Tão feliz sua relação com os elementos da praia! Sorrindo intermitente pelo simples fato de estar ali. Sozinho. Independente. Enxergando felicidade independente de limites ou condições. Quando as ondas vinham, ele inclinava-se para baixo para molhar a cabeça, como num mergulho, pouco importando-se em atolar a face na areia. Era tão livre o seu passeio na praia, que mal parecia a prisão da cadeira de rodas existir!

Este garoto se divertindo na praia, foi uma da cenas mais linda que já vi!!

sexta-feira, maio 18, 2007

quarta-feira, maio 16, 2007

Subir,
Descer,
Casulo
Meio casulo
Esqueci o nome, mas começa no casulo
Queda de peito/armação
Queda de joelho/armação
Enforcado
Anjo
Cadeirinha
...

segunda-feira, maio 14, 2007

Deserto

Hoje acordei mais cedo
Escrevi um verso
E me fiz deserto,
Me fiz canção...
O espelho em pedaços
Inteiro nem mesmo o desejo
Nem mesmo o amor
Quadros pintados sem nexo
Escadas
Reflexos
Sei lá...
Lânguida esperança na estante
Derrubo as janelas
Desfaço o apelo
O contrato
As promessas
E o sol?
Não sei,
Hoje não passou por aqui.
Mastigou a tal flor amarela tão depressa, que mal sentiu o sabor.
Corou-se por dentro
E o dia escureceu

sábado, maio 12, 2007

Angustia

Quero sentir um sabor de chocolate
A quentura das mãos
Neste sábado tão frio,
Esquisito!
Quero que caia dos céus as palavras que eu procuro
Quero desengasgar a poesia
Pra me sentir mais leve,
Vazia...

Escrevo sem escrever
Por que nada mais me resta

Hoje não quero pessoas
Sequer me quero a mim
Não é de livros que eu preciso
E canções não quero ouvir
Fugir nem sei pra onde
O apartamento é pequeno
Não ha um canto qualquer que me caiba
Hoje eu não precisava estar aqui!
Eu te vejo,
Mesmo quando te escondes por trás das palavras minhas!
Eu te vejo buscando nelas um pouco de você
Vejo você,
Sinto você,
E onde estarás agora, que não vens me ver?
Queria ser bela!
Disse ela
Olhando-se no espelho
E suando de paixão.

Queria dele o olhar singelo
De desejo ardente
Queria dele, docemente
A leveza do coração.

Queria faces
Texturas
Queria cor...

Queria mesmo que visse nela
Estampada em formas, delicadeza
Mas era só tristeza
E com frieza, esconderijo do amor

sexta-feira, maio 11, 2007

Precisa-se de inspiração!!!!
Enquanto ela não aparece, vou publlicando fotos aqui. Muto bom rever a família!! Os priminhos queridos, que cresceram muito rápido e me deram o prazer de defrutar da companhia deles nos dias em que estive lá. Mathaus, faltou uma foto sua aqui: to esperando vc mandar! E que pecado, nem tirei fotos com os véios...










quarta-feira, maio 09, 2007

Mais calor neste blog!
Ah, um comentário nada a ver: Los Hermanos acabou! Entraram de férias por tempo indeterminado!





Eis aqui a parte que mais sofre quando é atingida pelos malabares! Já acertei orelha, cabeça, perna, nariz....Mas nada se compara à dor de acertar este bendito (e horrososo) osso!!

segunda-feira, maio 07, 2007

Remexendo umas fotos aqui no PC - em função da incapacidade de dormir que me tomou esta noite - me deparei com uma questão intrigante: é mais gostoso se alegrar com o inesperado ou com o desejo satisfeito? O que me remeteu a isso foram duas fotos de comemoração de aniversário em diferentes épocas, diferentes lugares, com diferentes companhias. Uma delas, que constitui-se uma surpresa, é representada por um bolo de chocolate. E a outra, não menos surpresa, é representada por um bolo de jaca que apareceu como um presente dos deuses para matar a minha vontade de comer jaca, que nascera há dias durante uma trilha.
Quando desejamos demais corremos o risco de nos decepcionar, pois idealizamos, criamos expectativas, o que fatalmente pode nos levar à decepção. A surpresa não. É quase sempre bem vinda, não precisa se encaixar em nenhum rótulo, a qualquer hora que acontece nos arranca um sorriso. Mas viver sem desejar é pessimo! Sem ter os desejos satisfeitos então, pior ainda. No livro que estou lendo, sobre a doutrina de Buda, descobri que devemos nos abster de todos os desejos. Deve ser dificil alcançar este estado de evolução, a não ser que este todo não englobe tudo que eu penso englobar.
Por que se não, o que faria eu do meu desejo de andar descalça. De saltar de paraquedas. De chupar melancia gelada. De tomar banho de cachoeira. De receber um abraço. De ter retribuído um sorriso. De ver ir embora medos e confusões. De tomar sorvete com batata frita. De ter por perto os amigos. O que faria eu do meu desejo de felicidade eterna. De alcançar a flexibilidade necessária. De me queimar no fogo sem arder. De matar a saudade.
Desejo satisfeito e surpresa agradável provocam em mim felicidades iguais. O bolo de chocolate foi temperado com a presença de amigos queridos. O de jaca com o entusiasmo de novas amizades. No de chocolate havia a alegria contagiante de pessoas. No de jaca a magia de um lugar iluminado. Chocolate, calor. Jaca, frio. Chocolate momento yang. Jaca, yin. Hummm....senti agora um sabor indescritível de jaca achocolatada!!!




Estão felizes como dois imbecis
Comendo feijão gelado
Comemorando o fim de ano em Paris,
Cantando desafinado:
Fá Mi Re Lá Dó...

domingo, maio 06, 2007

Este post é para homenagear os meu queridos amigos! Por que esta semana pra mim foi muito densa com a presença deles, e como estou feliz!! Tudo começou com Dai, que veio me fazer companhia nas minhas tardes de sem ter o que fazer (na verdade o que fazer tinha, só não queria fazer o que tinha que ser feito). Depois Polinha, que há tempos não conseguia parar com ela e ter uma conversa gostosa, fluida...É bom sentar com as minhas amigas de infância e ver o quanto nós amadurecemos, o quanto enriquecemos a nossa forma de pensar, o quanto o teor das nossas conversas é intenso, sem excluir logicamente as pitadas de babozeiras e molecagens! Véu, akela figura me fez rir a sexta feira inteira!! E é um absurdo o fato de sexta feira ter sido a primeira vez que nos vimos desde que ela chegou da Espanha...que delícia matar as saudades, botar o papo em dia e rir! Rir a ponto de doer abarriga!! Cal, estava com saudades de vc, amigo!! E foi tão bom abraçá-lo denovo!! Desculpas se peguei pesado nas brincadeiras sobre o seu novo relacionamento (hehehe). Lelinha engenheira, futura diretora da Braskem, desabafando comigo a sua imensa vontade de voltar a morar aki. To ligada no interesse dela (hihiihi). Xandórias não compareceu, mas a vontade de falar com ela (que não pára em casa e não atende ao telefone), fez a sua preença viva durante toda a semana. Ela sabe que para eu digerir de fato todos os acontecimentos da minha vida, eles precisam ser compartilhados com ela, mesmo que seja pelo simples ato de relatá-los. Cris, tenho visto sempreeeeee. Este meu cargo de supervisão nos aproximou mais e vale fazer aqui um parêntese sobre a nossa descoberta de Villas. Como têm sido boas as nossas tardes na praia, curtindo-a com intensidade. Sentando na areia, tomando banho de mar, caldos e tropeções nas pedras, fazendo o treinamento Jedi, almoçando acarajé (ja que a burra da barraca não quiz nos servir o nosso peixão), caminhando ao cair da tarde (Só eu gosto de andar, zé preguiça!) e agora a descoberta de que a visita dos passarinhos é rotineira, este sábado foram 5 que estavam lá...Terminado o parentese, vale lembrar da presença viva dos demais amigos. Gu, Omar, Karin, Ronald (Que não quiz me atender sexta feira-mas foi por uma causa justa), o louco do Feijão, Mauricio (que aniversariou dia 3 deste mês), Fran, Nato, Murilo Murciano (meu leitor ex assíduo, que ja deve ter perdido por falta), Magno (que me fez companhia no almoço de sexta feira), Alex Marinho (o gazelo do sertão), Rick, que se faz presente com as suas mensagens agradáveis (E fotos de Jeri) e todos os outros que neste exato momento não consigo lembrar. Amo estar perto das pessoas que amo. E esta semana foi pra mim muito especial!!!!

Amigo, ameeei a foto!!! Pena que não dá pra dizer que tava pedindo autografo...

quinta-feira, maio 03, 2007


"Menino Sai da frente!" Moço, não passe não!" Ai meu deus, um quebra molas!" E agora, vou subir essa ladeira em que marcha?!" Hoje foi o dia mais tenso e mais cômico dos ultimos tempos!! Foi aí que tive noção do quanto ainda sou barbeira. Acho que o avaliador que me aprovou no exame do DETRAN não fez o psicoteste!!! Também, muita audácia minha sair de casa as 18h e enfrentar o trânsito de Salvador, sabendo que as opções que tinha eram Bonocô ou Av ACM. Primeiro, pensei muito antes de decidir ir de carro para a aula de tecido, pq pra chegar na federação eu poderia dar a volta ao mundo, mas não teria como fugir das ladeiras. Se bem que no fim das contas a ladeira foi o menos pior de tudo! hehehe...ai meu deuss! Deixei o carro morrer umas...perdi as contas depois da sétima vez, mas lembro que a terceira delas foi no bonocô, em pleno engarrafamento na frente do carro da SET (que dureza!!). E para baixar mais ainda a minha moral diante da minha co-pilota Dadai (que se entitulava de "minha figa" - uma espécie de amoleto), a proxima morrida foi a poucos metros dali, na entrada da ogunjá, onde inevitavelmente um agente da SET me parou: "O que houve? bateu foi?" "Não, o carro morreu" Fingindo naturalidade, e as pernas bambas e o coração a mil, batendo tão alto que nem considerei as interminaveis buzinas atrás de mim. Nesta minha aventura descobri que odeio motorista de ônibus!!! Meu deus!! Acho que eles pensam que a gente tem um dispositivo que permite acionar as asas do carro e erguê-lo para eles passarem. Fiquei encurralada entre os ônibus trocentas milhões de vezes!! "Vá pra pista da esquerda amiga" "Claro que não Dai, se for pra lá vou ter que correr" Não sei qual é o meu problema em correr. Ficava pensando como é que as pessoas conseguem fumar ao volante, falar ao celular, retocar a maquiagem...meu sonho é atingir este dinamismo! E para estacionar? Nem vou entrar em detalhes, basta dizer que tive que fazer a baliza numa ladeira, que tal? Mas o melhor de tudo foi, depois desta aventura, chegar lá e ouvir: NÃO HAVERÁ AULA! Estavam trocando uns negocios lá, acho que eram as lâmpadas. Estava quase ligando para meu pai pra que le fosse me render. Eu juro que pagaria o taxi dele! Sair dakela rua de mão únca foi outro problema, além disso estava em pânioco por ser a federção um bairro muito violento. Falando em violência vale salientar o fato de andar com os vidros completamente fechados e ar condicionado deslgado. Coitada de Dai! Suando que nem um cuzcuz, e sempre falando "Que nada amiga, vc ta ótima". Não tenho dúvidas de que é infinitamente melhor ter como co-piloto alguém que não sabe dirigir, pq confesso q Thays me deixa tensa qd ta do meu lado! Lembrei quando estava indo embora de lá que teria que passar na Barra para entregar os malabares a Daniel. Nem vou contar aqui o roteiro que fiz pra sair da Federação para ir a Barra. Mas foi divertido!! Além dos finos que tirei dos carros, do meio fio, de andar por um lapso de segundo pela contramão e das curvas que eu entrava enfiada (Ainda bem que meu pai nem sabe que tenho blog!!!). Seis e meio foi a nota que recebi de Dai. Dela que não sabe dirigir e que falou que eu estava ótima. Imagna a nota que receberia de Thays....

quarta-feira, maio 02, 2007

Dia de chuva no paraíso!

hummm... dia agradabilíssimo!! Lugar bonito! Energia boa! Companhia agradável! Barulho de água caindo do alto! Gotas de chuva! Cheiro de aventura! Frutinhas pra matar a fome! E chuva, muita chuvaaaaa...


[Paulo Afonso-BA]

sexta-feira, abril 27, 2007

Quero escrever! Há dias estou inquieta tentando escrever e não sei como fazê-lo. Não quero combinar palavras para me expor, tampouco para me esconder. Mas não sei, não sei o que precisa ser dito. Talvez precise escrever aqui um grito, para que as palavras que ficaram presas possam, enfim, escapar. E eu que pensei que fosse me libertar, acabei criando mais confusão e as reticencias insistem em ficar...

quinta-feira, abril 26, 2007

terça-feira, abril 24, 2007

hummm...sei que hj ja postei coisas demais. Mas não poderia deixar de registrar aqui o dia da minha primeira queda no tecido. Falta esticar a perna, falta ficar mais dura, falta cair em pé...Mas o fato é que eu me joguei, e foi tão boooommmm...uhuhuhuhuhuhu!!!

A palavra e o silêncio [Não é de minha autoria!]

O silêncio não é a negação da palavra, como a palvra não é tampouco a negação do silêncio. Há silêncios eloquentes como palavras vãs. É precisamente a continuação entre um estado e outro que forma a trama completa de nossa vida e espírito. É na riqueza do nosso silêncio interior que se forma a qualidade de nossas manifestações verbais. Como é na riqueza de sua repercussão, no silêncio posterior, que reside o sentido mais profundo do nosso privilégio verbal. O homem é a única criatura que fala e que também sabe dar ao silêncio o seu sentido profundo. O silêncio dos seres humanos, das pedras, das florestas, dos animais, só têm sentido para nós, seres verbais, que damos um significado positivo, poético, filosófico e religioso a este silêncio das coisas e dos seres infra-humanos. O rumor de nossas palavras só tem sentido por que nelas se reflete o mundo infinito que está para lá de sua sonoridade: o mundo dos sentimentos, das idéias e das grandes realidades.
*******
Tristão de Ataíde
Ebaaa!!! Estou feliz com o retorno do meu computador! Dar um trato aqui no no blog numa LAN House é meio chato, num tem clima. Tenho algumas coisas acumuladas pra colocar aqui...mas agora vou postar uma música de Lenine que eu adoro, e que fui dormir ontem pensando nela.


O Último Pôr-do-sol - Lenine

A onda ainda quebra na praia,
espumas se misturam com o vento.
No dia em ocê foi embora,
eu fiquei sentindo saudades do que não foi
lembrando até do que não vivi
pensando nós dois

Eu lembro a concha em seu ouvido,
trazendo o barulho do mar na areia.
No dia em ocê foi embora,
eu fiquei sozinho olhando o sol morrer
por entre as ruínas de Santa Cruz lembrando nós dois

Os edifícios abandonados,
as estradas sem ninguém, óleo queimado,
as vigas na areia,
a lua nascendo por entre os fios do teus cabelos,
por entre os dedos da minha mão passaram certezas e dúvidas

Pois no dia em que ocê foi embora,
eu fiquei sozinho no mundo, sem ter ninguém,
o ultimo homem no dia em que o sol morreu

segunda-feira, abril 23, 2007

Mas céu sem estrelas é bonito também. Eu gosto de nuvens no céu. Gosto de céu cinza, de dias nublados. Exceto quando quero ir à praia. Há dias em que ele parece estar mais baixo. Dá a impressão que basta estiar o braço para poder tocá-lo. Lembrei agora de um céu que eu adoro: aquele colorido do entardecer. Que eu nunca vi, em um dia sequer, ser igual a outro que já existiu. Gosto de nuvens carregadas de chuva. Outro dia vi na TV que existem caçadores de nuvens no deserto. Que roubam delas a água que se tornaria chuva em um outro lugar. Coitadas das nuvens; devem sentir-se como transportadores de cargas assaltados na estrada. Eu já quis capturar nuvens, todas as vezes que passeei pelo céu. Tenho um par de sapatos coloridos que parecem nuvens, mas têm cor de céu: é um azul assim...Feliz! Eu os coloco nos pés todas as vezes que é incontível a vontade de voar. É como entrar na roda gigante. É como gosto de pitanga madura. Tentei plantar pitangas no céu. Mas as sementes não tinham um par de sapatos azuis...E eu não pude emprestar o meu.

Almoço de domingo

Eu pedi para não jogarem fora a cabeça do peixe. Queria comê-la para colocar em mim memórias sonoras do mar. Mas a sua expressão pálida, apesar do dourado da fritura me fez hesitar. Seus olhos inertes alguma coisa me queriam dizer e eu não soube escutar. Devorei-o! Devorei o seu cérebro frito! Não, não havia cérebro, o que devorei foi sua cabeça oca, pois tudo que eu menos queria era digerir algum fragmento racional de um ser. Eu não preciso pensar, mas o que sinto muitas vezes me trai! É como a isca que ao peixe desatento atrai... Hoje comi sua cabeça servida frita numa bandeja fria, provocando em mim a sensação marinha de flutuar. Eu vi o mar no seu olhar estático e frio. Eu vi no seu olhar vazio o silencio [saudade] do mar.

Unhas Negras....


sexta-feira, abril 20, 2007

Cantos Dos Emigrantes - Cordel do fogo encantado

Com seus pássaros
Ou a lembrança dos seus pássaros
Com seus filhos
Ou a lembrança dos seus filhos
Com seu povo
Ou a lembrança de seu povo
Todos emigram

De uma pátria a outra do templo
De uma praia a outra do atlântico
e uma serra a outra das cordilheiras
Todos emigram

Para o corpo de berenice
Ou o coração wall street
Para o ultimo tempo
Ou a primeira dose de tóxico
Para dentro de si
Ou para todos
Para dentro de si
Ou para todos
Pra sempre todos emigram

sexta-feira, abril 13, 2007

Consumismo Infantil

- Alô, Clarinha? Você ainda tá brincando? Pode falar agora?
- Eu não estou brincando...
- Ah, titia te ligou ontem, no dia do seu é big. Queria te desejar feliz aniversário e não consegui falar.
- Não tem problema, você pode comprar um presente bem bonito e mandar pra mim.

Linda!!!

quarta-feira, abril 11, 2007

Experiencias Fotográficas...


Estou feliz porque consegui lembrar deste poema em casa. Ele nasceu no ônibus, quando eu estava desarmada, sem caneta, sem papel e sem coragem pra perguntar quem tinha. Da pituba, fui pra federação, fiz a aula de tecido e voltei, sem perdê-la da cabeça. Só não sei o título, mas isso não é questão de esquecimento...



Amaram-se
Sem tomar um gole de vinho,
Sem uma gota de sangue na boca,
Sem um colorido de paixão se quer.
Amaram-se
Mal podeiam se encaixar no leito de amor
Mal sabiam se olhar
E tocavam-se sem pudor.
Amaram-se sem palavras,
Rimas,
Canções.


Por um instante efêmero odiaram-se
E não ficou na lembrança o tempo do não amar


Amaram-se de um modo tal
Que nenhum deles se reconheceu
Num abraço insolito despediram-se do amar sem rédeas
E o mundo todo amanheceu.

terça-feira, abril 10, 2007

Parabéns Amiga!!!!!

Hoje é aniversário de Clarinha. Aqu vai um post em homenagem a ela. Já que está na moda postar coisas antigas, vou publicar aqui algo que escrevi em 21 de fevereiro de 2003, às 11:10.



Estava com Clara dormindo em meus braços, olhando pro seu rosto tão sincero e doce. Pensando no seu medo de dormir sozinha, admirada com seu sono tranquilo em meus braços.


Sinto falta da inocência da infância
Do sono leve das manhãs de segunda feira
Da tranquilidade estampada na face
De traços leves, sem marcas do tempo.
Sinto falta da fase incessante das descobertas
Primeiros passos tímidos,
Primeiras sílabas tortas
Primeiro presente de natal.
Falta dos dias isentos de preocupação
Do tempo em que desconhecer a existência de futuro
Tornava possível viver um dia de cada vez.
Falta do carinho sincero
Do afago singelo...
Mas não me arrependo de ter crescido
Trago comigo a criança que sempre fui
Pelas experiências, pude construir o meu pensar
Tanto quanto quando criança,
Aprendi a fazer as minhas escolhas
Mas hoje pondero algumas coisas mais
E é disso que sinto falta
Falta de desconhecer consequencias
Da liberdade de agir sem pensar em reações
Falta de er meus desejos satisfeitos Sem precisar tanto me esforçar.
Não sei se ainda sorrio enquanto durmo
Até já esqueci do que via em meus sonhos
Que mundo era aquele que me impregnava a memória..
Sinto falta da insegurança que tinha em ficar sozinha
Hoje não me sinto sozinha quando estou só
Já esqueci da sensação de me aperceber do meu corpo
Juntar os dedos,
Tocar as mãos...
Equilibrava sonhos sobre passos inseguros
Hoje, com passos tão firmes, já não é tão fácil sonhar
O sono é pesado das preocupações do dia A gente já dorme pensando em acordar
Queria de volta aquela liberdade de fazer qualquer coisa pra chamar atenção
As paredes da casa coloridas com traços espontâneos
Brinquedos espalhados pelo chão
Tomara que estas lembranças jamais adormeçam
Que as sensações leves pra sempre permaneçam
Apesar do corpo crescido
Da relidade clara,
Da felicidade cara...



terça-feira, abril 03, 2007

Nestes dias de pouca inspiração, está valendo publicações retroativas de alguns textos. Não poderia deixar de registrar a minha carteira de motorista, que finalmente saiu (uhuhu). E também a cena interessante que vi hoje de um crente vendendo CD pirata na praça e cantando as músicas na maior empolgação.

Então...estava fuçando minha caixinha de coisas antigas, e encotrei o rascunho de uma carta, que achei bacana publicar aqui pq é carregada de sentimento...Na verdade, uma fotografia de um momento que experimentei.


...Lembro-me do dia da primeira transição. Estava no banho, e derrepente, meus olhos transbordaram. Sentia que a paixão estava morrendo para dar lugar a algo muito maior. Não sabia como chamá-lo, mas podia dizer que era rico em intensidade. Tentei compará-lo com alguma sensação outrora experimentada, aproximou-se um pouco do dia em que me apercebi do meu amor por meus pais. Meu Deus! Estaria eu amando?!. Mas o que me levaria a cultivar um sentimento tão sublime por alguém então pouco tempo? Sabia apenas que estava ali. Com o peito bombardeado de emoção. O corpo impregnado de sensações. E, além disso, uma paz irreconhecível. Não procurei saber a posição dos astros naquele momento, mas estava certa de que todos dançavam ao som da minha felicidade. Que bom! Por um instante senti-me feliz! Mas diante da grandeza de um sentimento que fermentava, senti também medo. Medo de perdê-lo. Medo de vê-lo escoar. A água banhava meu corpo e escorria pelo ralo, lavava um pouco de mim. Tive medo de vê-lo água! Mas meus lábios sorriam. Queria senti-lo em toda a sua grandeza mesmo que fosse só por aquele instante. Minhas lágrimas eram doces. Caiam para esvaziar um coração que borbulhava de um sentimento que me fazia sentir inteira. Não sei até hoje o nome daquele sentimento que impregnou-se em mim naquela quinta feira.

Lembro-me também de outras transições. Senti que algo acontecia dentro de mim, mas não acontecia comigo. Lembro-me da noite de lua cheia. Chorei! Chorei por sentir ir embora o encanto. No entanto, o meu encanto permanecia. Senti que o outro espelho não mais refletia. As energias que de mim emanavam, não mais retornavam. Perdia-se dentro de um coração aquém. Mas o que fazer? Todas as paixões são efêmeras, e lá estava eu: vítima da brevidade do encanto. Não do meu, mas do outro que não me pertencia. Tive vergonha da minha covardia. Mas o que se há de fazer para deixar exposto um coração? Toda olho fala, atalho pra alma. Pedaço exposto do coração...

Lembro-me que em meio a tantas transformações, inexplicavelmente tudo se perdeu. Senti falta da minha paz. Fui procurá-la no mar, e senti-me novamente o próprio mar: profundo solitário...levei pra longe meus pensamentos, esqueci um pouco o ruído do silêncio. Encontrei nas águas calmas de Netuno o que por instantes distanciou-me de mim. Chorei. Tive as águas do mar transbordando nos olhos, devolvendo enfim o vão da minha serenidade. Não procurei respostas. Esperei o mar engolir a bola de fogo para ter então meu espírito novo. Alguém falou que “entre a dor e o nada, escolheria a dor” e naquele momento, dor e nada eram a minha verdade paradoxal.

Estive relendo alguns versos. Drumonnd, Vinícius, o cochilo na página trinta e seis...Nenhum motivo é banal. Todo sentir é comunicável. Inexplicável apenas o silêncio! Mas que transição precisaria eu passar para aceitar palavras doces e olhares cúmplices serem trocados por um oi apressado no meio da multidão? Meus loucos sentimentos às vezes me levam a pensar que é na superfície que se deve ficar, mas estaria deixando de ser a ameixa que sou...

Respostas são quase sempre vãs. Mas ao ouvido incomoda o timbre do silêncio agudo. Quem poderá explicar? Mesmo sem querer a gente se apaixona. Mesmo sem porque o sonho desmorona. Mesmo sem sentir a gente se transforma.

segunda-feira, março 19, 2007

Ócio desgraçado....

Conversando com meu amigo Magnólia sobre o ócio que tem me tomado esses dias, lembrei de um "poema" que escrevi em 09 de janeiro de 1990 (eu tinha 8 anos), e percebi que desde aquela época o ócio é uma coisa que faz parte de mim.

Minha vida

Não tenho o que fazer,
Procuro!
O que faço?
Pensar.
Mas pensar o que?
Procuro lembrar de algumas coisas,
Mas, de que?
Ja sei, vou escrever
Escrever o que?
O que fazer?

segunda-feira, março 12, 2007

Castelos...

Há dias penso em escrever isso, para ver se, ao escrever, eu consigo justificar. O fato é: Quando criança eu não gostava de fazer castelos na areia, mas adorava cavar buracos, buscando a profundidade que pudesse me conter. Mas, que significado tem isso? Poderia me fazer valer de Fernando Pessoa e dizer que "o sentido oculto das coisas é as coisas não terem sentido oculto nenhum". Talvez o motivo fosse querer ser diferente dos outros. Qual é mesmo o coletivo de castelos? Pois é isso aí que se via na praia. Eu nunca via ninguém que gostava de cavar buracos. Talvez o motivo fosse que a água da maré que enchia, quando se aproximava, preenchia e não destruía. Sei lá! Talvez porque em buracos eu podia me esconder e em castelos mal podia me encaixar. E quando eu cavava o suficiente, de modo que pudesse adentrar, eu tratava de cavar outros. Até conexão subterrânea entre eles eu tentava fazer. Mas "o sentido oculto das coisas é as coisas não terem sentido oculto nenhum"!!


Continuo cavando buracos, mesmo sem ir à praia, e daí? Às vezes tenho medo de me perder em um deles e não conseguir mais sair...

quarta-feira, março 07, 2007

Cupido (Maria Rita)

To postando esta música pq tenho escutado constantemente. Me lembra alguma coisa, algum momento que eu não consigo identificar qual é...

Composição: Cláudio Lins

Eu vi quando você me viu
Seus olhos pousaram nos meus
Num arrepio sutil
Eu vi... pois é, eu reparei
Você me tirou pra dançar
Sem nunca sair do lugar
Sem botar os pés no chão
Sem música pra acompanhar

Foi só por um segundo
Todo o tempo do mundo
E o mundo todo se perdeu

Eu vi quando você me viu
Seus olhos buscaram nos meus
O mesmo pecado febril
Eu vi... pois é, eu reparei
Você me tirou todo o ar
Pra que eu pudesse respirar
Eu sei que ninguém percebeu
Foi só você e eu

Foi só por um segundo
Todo o tempo do mundo
E o mundo todo se perdeu
Ficou só você eu eu

Quando você me viu...

domingo, março 04, 2007


"Ahh, eu nunca mais vou voltar pra Londres. Vou ficar aqui pra trabalhar com vc". Estas foram as palavras dela depois da nossa seção de dança embalada pela "música do palhaço", canção que sempre fez parte da nossa relação. Disse-me isso sorrindo. Acho que ela sentiu naquele momento que eu poderia salvá-la do triste fado de ter que voltar para aquela terra fria e distante. Ela gritava e ria sem parar durante o banho, pulava em espasmos de alegria. No dia anterior ela tinha me dito algo parecido, com ar de tristeza, enquanto todos dormiam e nós já haviamos despertado: "Amiga, eu vou viajar amanhã, mas eu não vou. Só quando todos forem". Tentei convencê-la que lá é legal, a escola, os amigos, a neve...apesar da imensa vontade de dizer que ela realmente não iria voltar, que iria crescer do meu lado, dançar comigo todos os dias, pular as ondas da praia, virar sereia, assistir TV... Imagino como ela se sentia naquele momento. Depois de experimenatar outra vez a alegria da companhia da familia, a felicidade do reencontro com os amigos. Tentava agarrar-se a qualquer um que pudesse compreender a sua imensa vontade de ficar. Quando eu estava saindo de casa ela chorou gritando por mim. "Amiga, amiga!!!" E eu corria apressada pra não chegar atrasada na entrevista de emprego. "Só queria te dar um abraço, bem apertado." Senti vontade de chorar, não sei se de remorso ou dó. Thays me contou que ela disse a Ju que havia gostado muito dela e aproveitou para pedir-lhe para morar na sua casa. Ela queria de qualquer forma alguém que pudesse socorre-la. Mas uma tentativa em vão. Ela é linda! E voltou mais carinhosa e doce, apesar dos momentos de agressividade, o que é natural. Não fui ao aeroporto, e nem pude experimentar os momentos finais. deve ter sido mais tristeza do que paz...Te amo Clarinha!! Fico feliz em saber que eu sou além de "amiga", a titia, a Cinthia...alguém que te ama demais!!



Saudades mil....

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Silêncio Infinito

Eu me liberto através das palavras,
Mas elas me prendem!
Hoje saí para pensar no infinito,
Mas as palavras me acorrentaram
E eu não pude escrever o que senti.

Quando a nuvem afiada
Cortou o sol em dois
Eu desejei arrancar a calota de fogo
E mergulhar bem fundo lá
Pra sentir o calor infernal da grande estrela
E depois me refrescar no mar
Quando a tarde caísse por inteiro.

Infinitas são as formas de falar sobre infinito
Posso chamá-lo de amor,
Posso chamá-lo de céu,
E até, quem sabe, de deus...

Infinito pode ser o meu pensamento
Infinito pode ser o que ainda não sei

Há nuvens douradas num céu quase azul
Barulho de águas
Ruídos de vida ao redor

Infinito é o meu sentimento
É essa estranheza de não saber o que sentir

Minhas palavras não dizem nada,
Ainda não alcançaram um traduzir
Eu sonho com o silêncio infinito
Mas das palavras não consigo fugir.