segunda-feira, agosto 21, 2006

...E derramou-se em delicadeza, que exalava o perfume de bromélias azuis
A calçada estremeceu com seus passos firmes,
Firmes de uma delicadeza que fazia confundir gravidade com leveza
Era a delicadeza áspera de um sorriso opaco,
Com textura de sonho que não se recorda mais
Derramou-se intermitente por não caber mais em si
Ocupando com fluxo intenso os paralelepípados,
Os olhos alheios,
As correntes de vento...

quarta-feira, agosto 16, 2006

Fotografia do coração

Nas paredes, nas estantes, espalhados pelo chao,
Livros.
No silêncio interior,
Gritos.
Nos instantes de loucura, a doçura de um sorriso,
Que adormeceu.
Tragam duas resmas de papel para eu derramar meu sentimento
Tragam, em vasos coloridos, sonhos para eu florir.
Quero girar com saia rodada
Cantando com os olhos d'água
as rimas desta canção.
E se as histórias contam que o descompasso é normal
Eu digo "Não!"
Eu tenho o tom, eu tenho o tom...

08/08/2006

*E pra completar, a lua estava linda nesta noite

domingo, agosto 06, 2006

E nó na garagnta, o que é que é? Será que é só tristeza? E como é que a gente chama aquilo que a gente sente e não sabe dizer o nome? Pode ser estranheza? Quero gastar as palavras, pra ver se o sentimento vai junto, mas acabo de vê-las escorregar no trampulim da minha cabeça. Ontem a noite sonhei que plantavam-se árvores no banheiro. E nascia-se macarrão. E brotavam flores amarelas. Foi uma sensação diferente, não menos esquisita do que a que estou sentindo agora. De onde mais brotam flores? Estou murcha, sei que de mim não são. Mas o que eu queria dzer mesmo, é que preciso dizer o que não sei como se diz. E a quem precisa ouvir, não me interessa. Digo calando-me para mim, é um artifício pra tentar me escutar. O nó na garaganta foi bem dado, é como aqueles que se usa no rapel. Devo ter pensado em rapel por estar querendo neste exato momento a sensação de não ter medo, e saltar! É estranho, sei lá...