quarta-feira, junho 28, 2006

Eu respirei bem fundo, para ver se do meu suspiro nascia alguma inspiração, mas nada me ocorreu. Tenho pensado só em equações, em modelos matemáticos, balanços de energia...e daí? Outro dia sonhei que para a minha viagem acontecer seria necessário resolver uma equação diferencial através de série de potências, mas tinha um coeficiente que eu não consegui determinar. Falando em séries, lembrei que estou devendo um post em homenagem a Murilo, meu leitor assíduo, como ele mesmo se entitula. Não sei como mesclar poesia e engenharia. Talvez se eu escrevesse "EU" estaria fazendo isso, pois estou impregnada dos dois. Mas, voltando às séries...o que gostaria de dizer, mas ainda não descobri como fazê-lo é a respeito do vício que criamos de enxergar as pessoas e coisas que nos cercam como formas sintetizadas de uma expansão em séries de infinitos termos, ou simplismente, truncá-las em um ponto, desprezando outros que comprometem completamente a sua essência. Faço isso comigo, cada dia desprezoum termo meu - que posso, com a licença da metáfora, chamar de aspecto- simplismente para simplificar a solução de mim. Mas qual é mesmo o motivo disto? É puro vício! Estava tentando encontrar as minhas condições de contorno, mas agora relaxei, pois a minha viagem aconteceu, mesmo sem que eu conhecesse aquela constante lá que não consegui determinar. Deveria estar assistindo aula de adsorção agora, mas estou de cabeça baixa enquanto ouço falar de sítios ativos, isotermas de Langmuir. Preciso sentir a textura de uma flor lilás para voltar ao equilíbrio das letras e dos números, entre o que é objetivo e o que é sentimento. Vou voltar a assistir aula, da janela da minha sala da pra ver o mar...

Um comentário:

Anônimo disse...

Equações sao tentativas para a vida ter senso e justificar ações. truncar as pessoas as vezes é inevitavel, somos compostos instaveis... e as vezes nao sabemos o q falamos só queremos descrever bem matematicamente.