sábado, setembro 16, 2006

Cidade

Nessa cidade de ruas estreitas,
De ruas largas,
Enladeiradas
Deixo pegadas que ninguém vê
Às vezes me perco na cidade
Só pra me encontrar
Só pra arriscar te ver
E as batidas de alguns tambores
No coração...
Quero colocar a cidade em mim
Nunca mais me senti assim
Esse deserto
Mesmo sem você por perto
Já consegui sobreviver
Eu sei que posso achar
Badalação e gente por aí
Mas hoje escolhi ficar comigo
Na minha calçada
Na minha cidade desabitada.

[Escrito em Abril de 2003]

2 comentários:

Roberto Martins disse...

"Sua própria calçada, cidade desabitada". Cada cabeça eh um mundo, sinapses são ruas, esquinas... cidades! Muito legal o texto. Me lembrou uma canção de Rebeca Mata.

Anônimo disse...

Deixa-me habitar sua cidade
Sem muros, grades ou lamentações.
Cidade aberta pras sensações.

Deixa-me percorrer as ruas
Arborizadas que alimentam seu coração.
Ruas repletas de perfeição.

Permita-me sentar na sua calçada
E te contar uma história bonita
Sobre uma cidade encantada.