sexta-feira, setembro 29, 2006

Estou aqui, olhando pra tela, sem saber ao certo como escrever o que é preciso saltar para fora do pensamento. Hoje um amigo me falou que não consegue enxergar em mim a mesma pessoa que escreve. Alê: Esta sou eu! Não tente roubar de mim a descoberta mais preciosa que fiz. Este não-eu que às vezes escapole é a parte essencial deste eu que você vê. Se eu te contasse que tem uma população infinita morando dentro de mim...
Teve uma emoção que senti esses dias e ainda não consegui traduzir em linhas, mas vale a pena registrar aqui. Arrancaram todas as árvores que moravam nos fundos da minha janela, vão construir prédios, "Reserva Atlântica" é o nome do condomínio, estranho isso! Mais estranho foi eu chorar ao ver que do verde nada restou e não conseguir identificar as causas das minhas lágrimas. Chorei porque cortaram as árvores, ou porque não haveria mais árvores para acalmarem a minha visão? Chorei porque os pássaros perderam seus ninhos, ou porque não haveria mais canto de pássaros pela manhã? Engraçado que descobri que o canto mais doce que escutava ao acordar é de um pássaro que vive numa gaiola na janela do vizinho do primeiro andar. E eu que pensava que era a sinfonia da liberdade...Hoje ouvi falar de redes neurais, inteligencia artificial...Fascinante! Ando gastando demais, e nem sei o que fazer com as bobagens que compro. Ainda bem que o fim de semana chegou! Estou cansada, a rotina da semana tem me sugado demais...

2 comentários:

Anônimo disse...

gostei da
foto
mais tem que
escrever aquilo
todo dia
tem que ter paciencia

mais é legal
bjuam
flw
;)

Fulano disse...

Olha só, momento crítico. Anote a receita e tenha cuidado. Amarre o pé na cama (seu no da cama) para não querer se trancar em uma gaiola. Solidariedade é para os políticos. A vida fecha a janela na nossa cara para que possamos abrir portas. Doce ilusão de liberdade...