segunda-feira, março 12, 2007

Castelos...

Há dias penso em escrever isso, para ver se, ao escrever, eu consigo justificar. O fato é: Quando criança eu não gostava de fazer castelos na areia, mas adorava cavar buracos, buscando a profundidade que pudesse me conter. Mas, que significado tem isso? Poderia me fazer valer de Fernando Pessoa e dizer que "o sentido oculto das coisas é as coisas não terem sentido oculto nenhum". Talvez o motivo fosse querer ser diferente dos outros. Qual é mesmo o coletivo de castelos? Pois é isso aí que se via na praia. Eu nunca via ninguém que gostava de cavar buracos. Talvez o motivo fosse que a água da maré que enchia, quando se aproximava, preenchia e não destruía. Sei lá! Talvez porque em buracos eu podia me esconder e em castelos mal podia me encaixar. E quando eu cavava o suficiente, de modo que pudesse adentrar, eu tratava de cavar outros. Até conexão subterrânea entre eles eu tentava fazer. Mas "o sentido oculto das coisas é as coisas não terem sentido oculto nenhum"!!


Continuo cavando buracos, mesmo sem ir à praia, e daí? Às vezes tenho medo de me perder em um deles e não conseguir mais sair...

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