quarta-feira, agosto 08, 2007

Preço

O preço,
Não pago
Descarto a inexplicável necessidade
De se sentir pó
A fluidez do pensamento
No corpo impregnada

O preço,
Já não devo mais
Uma navalha sobre a mesa
Velas acesas
Irreconhecíveis sensações
Onde estava a minha cabeça
Antes de pensar nas minhas veias?
O grito do inconsciente é de socorro
Não ao vinho
Não ao ópio
Não ao óbvio!
O meu mundo está em colapso
E o preço da chama é caro
Não cobro.

Um comentário:

doispontospontocom disse...

"O meu mundo está em colapso
E o preço da chama é caro
Não cobro."

sensacional!!! Vejo que a autora também está sensível ao momento apocalíptico que passa o mundo. Mas o que mais me agrada é a ousadia de enfrentar esse caos. As chamas, as ruas, o medo e, por fim, o silêncio.

Bravo!!

isma.