quarta-feira, janeiro 14, 2015

06-01-15 - Pe na Estrada


A grande vantagem do barulho ao redor do quarto eh que ele se torna um estimulo para pular da cama cedo, e foi o que fizemos pouco depois das 6 da manha. Algumas pessoas ja estavam despertas para apreciar e fotografar o nascer do sol, para ir pescar ou simplesmente caminhar na praia. Fizemos nossa meditacao no alto da pedra e voltamos para um longo e refrescante banho de mar. Um peixinho nos acompanhava enquanto nadavamos, agua cristalina, poucas ondas e temperaura fria o suficiente para nos refrescar ao mesmo tempo morna o suficiente para nos manter no mar. A praia de Mirisa eh bem gostosa, mas a experiencia da noite mal dormida foi suficiente para tomarmos a decisao de pegar a estrada, mesmo com a promessa de chuva pela a tarde. 


Eh incrivel como o gado e os caes dominam as estradas. Estes parecem baianos deitados em suas preguicas, descansando no calor quente do asfalto. Ao avistar dois policiais em suas motos a nossa frente fiquei preocupada de sermos parados e multados pela quantidade de bagagem, mas ao olhar pro lado avistei uma familia: crianca, pai, outra crianca e mae, nesta ordem, esmagados em uma moto, todos sem capacete. Nada poderia ser pior que isto. Algumas gotas de agua comecaram a saltar do ceu, o que nos obrigou a parar um pouco. Acho melhor pararmos um pouco mais a frente, sugeri. Ficamos parados uns 10 minutos nos protegendo da chuva, a fome ja dava sinal de vida, ate que Udhayan percbeu que umas bananas estavam a venda na casa ao nosso lado. Contentes com elas para matar a fome, ao ir compra-las Udhayan exclamou: Eh um restaurante!!!! Pagamos cerca de 300 ruipias pelas duas refeicoes.
A medida que nos afastamos da costa, os lugares vao se tornando menos turisticos. Se ve poucos letreiros em ingles, os rapazes, nao apenas os senhores, trajam-se em seus surwongs, mulheres “arrastam seus saris no Mercado”, por isso, na parada pro almoco achei mais prudente trocar a minha bermuda por uma calca, igualmente confortavel.  Na estrada ve-se dezenas de barracas vendendo frutas e verduras da estacao, exatamente como no Brasil. Na nossa parade pra agua de coco encontrei tamarindo, mas aqui ele eh consumido cozido ao curry e outras especiarias.

Nossa intencao era chegar ate Udawalawei, metade do caminho para Macaldenya (Koslanda). Pegamos 2 trechos errados na estrada, o que atrasou cerca de 20 minutos  a nossa jornada, mas nao foi tao mal, considerando-se que estou apenas aprendendo a navegar. Mapa nunca foi o meu forte!! Na minha viagem pela America do Sul, Isadora era sempre responsavel por isso. 

Ao chegar em Udawalawei 3 pessoas fizeram-nos sinal para pararmos. Com medo de se tartar de alguma advertencia com relacao as condicoes da estrada, achamos mais prudente parar ao quarto chamado. Nada referente a estrada ou instrucoes de seguranca, eh que estah escrito na nossa cara que somos “turistas”- apesar de Udhayan ser “metade Sri Lankan” – e fomos pescados por esses dois caras que ofereciam acomodacao e um safari pelo parque nacional, onde o principal atrativo sao os elefantes. Segundo Udhayan, o motivo da existencia de tantos elefantes neste parque eh que, aqueles que vivem nas areas que agora estao sendo habitadas e exploradas pelo homem, sao capturados e levados para la.  Yoga no fim da tarde, banho gelado, jantar saboroso servido no estilo self service com os italianos e sueca que estavam hospedados no mesmo local e sono revigorante para seguir viagem amanha. 






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