quinta-feira, janeiro 15, 2015

13-01-15 – Vamos ver o que vemos

Tipicas mulheres do vilarejo de Poongala.



Vamos hoje pra Ela ou paramos la no nosso caminho de volta para Colombo? Dormimos uma noite ou so passamos o dia e retornamos hoje mesmo? So nos restam algumas batatas e meia abobora na dispensa e nao temos nada para o café da manha de hoje. Teremos que descer pra Koslanda de qualquer forma para comprar mantimento. Pra variar, fomos surpreendidos com 2 cafes da manha, um deles virou nossa marmita pro almoco. Decidimos levar o basico, caso resolvessemos passar uma noite ou duas. Tudo se encaixou perfeitamente na moto, “Era assim que deveriamos viajar”, disse ele. Fizemos um caminho diferente do que tinhamos feito pra chegar aqui, um outro vilarejo, com olhares nao menos curiosos para os dois estranhos que passavam na moto. Criancas acenam, alguns homens param suas atividades para observer, outros ignoram. O que nao se pode ignorar eh o verde exuberante ao redor. Tao vibrante! A Estrada contorna a montanha, que eh totalmente tomada pela plantacao de cha. Algumas pequenas cachoeiras escorregam montanha a baixo. Um parque de diversoes para aqules que se encantam com qualquer detalhe da criacao.
Na chegada em Undarawela, metade do caminho para Ela, Caos!! Transito louco, lojas, pessoas apressadas, sapateiros nas esquinas, pequenos stands de costureiras, muitas lojas de tecido. Atraida pelas cores, entrei em uma delas. Sem falar um idioma em comum com as vendedoras, elas entenderam que eu queria um sari e diziam que eu parecia ser de la, comparando a cor da minha pele com a delas. Adoro ouvir isto!! Sem saber explicar que procurava apenas tecidos e nao saris, desisti e sai da loja. Na parada pro suco, outra vez me disseram que eu parecia local. Tenho certeza que trajando um sari e de boca fechada eu passaria despercebida como uma local.






As catadoras de folha de cha, beeeeem distante da pra ver os pontinhos brancos no meio da plantacao




A moto compacta, do jeito que deveriamos viajar



Eh muito comum ver templos e estatuas gigantes de pernas cruzadas meditando por todas as estradas e vilarejos.


Depois do suco, compra das cordas do violao, passeio pelas lojas de tecido, compra de uma nova sandalia (havaianas, sao mesmo as legitimas, ninguem no mundo sabe fazer igual!), seguimos para Ela, a cerca de 30 minutos dali. Um mirante nos oferece uma vista linda das montanhas, cachoeira e vales. Mas do outro lado, grandes hoteis erguidos destoam da paisagem. Uma pequena pousada nos agradou, mas nao havia mais vagas. No meio do caminho, um restaurante Tailandes me chamou atencao, apesar de adorar a culinaria local, seria otimo comer algo diferente, mas infelizmente, o restaurante so funcionava no jantar. No centro de Ela varios turistas, bares, restaurantes e loginhas de artesanato. O primo Punny diz que nao sabe por que este lugar eh tao popular. A vista eh linda, as montanhas sao encantadoras, a cachoeira gigante…estes sao otimos motivos pra tornar um lugar popular. O unico problema eh que a cachoeira, tao exuberante a distancia, fica exatamente no meio da estrada, tirando um pouco o brilho dela quando nos aproximamos. Ja eram 15:00, e batemos o martelo de que iriamos voltar pra casa, com o compromisso de chegar em Koslanda a tempo de fazera feira. O problema nao eh Ela nao ser atrativa o suficiente. A questao eh que a casa que estamos eh tao confortavel e tranquila, que o pareo fica dificil. Em Koslanda fomos compando um pouco de cada coisa em cada stand e acomodando ao lado da moto, olhares curiosos esperavam pra ver como iriamos acomodar todas aquelas coisas na moto e seguir viagem.
O passeio foi maravilhoso, mas a memoria que ficou no meu corpo foi a dor na coluna provocada pelo incomodo de ficar sentada na moto por quase 6 horas.




Vista do mirante. Atras de mim ha um hotel enorme, completamente em desarmonia com a paisagem



Os macaquinhos aproveitam a presenca dos turistas para barganhar frutas.



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